quinta-feira, 30 de abril de 2009

Poderes de vidência...

Muito gostava eu de não ter nada para dizer, mas se de um lado chove, do outro troveja.

Vão me perdoar os especialistas da matéria, os economistas, banqueiros, gestores etc. etc. etc. mas vou fazer o que muito fazem em relação à Educação: falar sem saber grande coisa do assunto. Afinal não tenho menos direito que os outros.

Há quase dez anos, sim dez anos! Li um livro muito interessante de um senhor não menos interessante: “A crise do capitalismo global” de George Soros.
Não vos vou “contar” o livro, basta dizer que o título é perfeitamente adequado ao conteúdo.

É um espanto.
É um espanto que há dez anos se previsse a crise. Ou melhor dizendo, que o capitalismo estivesse já em crise.
É um espanto que o público não o soubesse.
É um espanto que apesar da teoria económica da auto-regulação dos mercados já estar posta de lado, não se tenha feito nada para o regular.
É um espanto a impassibilidade dos governantes.
É um espanto que tivessem dez anos para tomar medidas e não o tenham feito.
É um espanto que as medidas existentes fossem notoriamente ineficazes e não fossem alteradas.
É um espanto que tenham o descaramento de utilizar agora os dinheiros públicos para repararem os danos que a impassibilidade política criou.
É um espanto que não se guilhotine todos os governantes de dez anos a esta parte, como na revolução francesa.
É um espanto!
É um espanto também porque o George Soros não é um iluminado, tipo “new age”, que teve uma epifania divina. Não! O George Soros não é nada mais, nada menos do que um dos financeiros mais brilhantes dos últimos cinquenta anos!
Não é um espanto????

4 comentários:

Adélia Rocha disse...

Agora imagina quantos anos é que nós vamos ter que dizer que a indisciplina está A ANIQUILAR A ESCOLA para se fazer alguma coisa!

Anabela Magalhães disse...

Que te posso eu dizer a não ser que é mesmo um espanto?

TVstar disse...

Seria um espanto infinito...se entretanto não se soubesse que esta situação dá jeito a alguns!!!

bugsnaEDucação disse...

Outro contributo... não diria vidente nem evidente, mas clarividente.
Ainda bem que alguns lírios do nosso jardim se alimentam de leituras. Não devíamos todos?