sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PROGRAMAS POLÍTICOS PARA A EDUCAÇÃO I

O prometido é devido.Seguem-se as propostas para a área da Educação, feitas pelos 4 principais partidos políticos que poderão e DEVERÃO ser alternativa a este PS de Sócrates.
A ordem apresentada obedece à ordem cronológica de acordo com a data da apresentação dos programas.


PROGRAMA DO BLOCO DE ESQUERDA PARA A EDUCAÇÃO:

PROGRAMA PARA UM GOVERNO QUE RESPONDA À URGÊNCIA DA CRISE SOCIAL
A POLÍTICA SOCIALISTA PARA PORTUGAL
(...)
Se bem que o Bloco de Esquerda sempre tenha denunciado as práticas de perpetuação no poder, a verdade é que a avaliação efectuada sobre o anterior modelo [de gestão das escolas] sublinha mais aspectos positivos do que negativos. Por outro lado, o modelo de governo de Guterres já atribuía às escolas a possibilidade de escolha entre uma direcção unipessoal e uma direcção colegial, e as escolas escolheram a segunda via.Não só não existe qualquer dado objectivo que prove que o anterior modelo foi esgotado, como nem sequer foi feita qualquer avaliação credível do mesmo. No quadro legal anterior, a escolha entre órgão de direcção colegial e unipessoal existia e a segunda solução constituiu a opção da larga maioria das escolas. É entendimento do BE de que as comunidades escolares podem e devem definir o melhor modelo de gestão dentro de um figurino aberto.
(...)
PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO: MOTIVAR E VALORIZAR PARA RESPONSABILIZAR
O “ensejo reformista” do PS foi feito à conta do agravamento das condições de trabalho de todos os profissionais de educação. A humilhação de professores e professoras, exibidos como o bode expiatório e verdadeiros culpados dos atrasos e do desinvestimento, foi acompanhada da degradação intencional das suas condições de trabalho, de um modelo de avaliação construído para impedir o acesso ao topo da carreira de uma larga maioria, assente na fractura administrativa da mesma, entre professores de primeira e de segunda.
A divisão arbitrária e incompetente entre professores titulares e não titulares foi um dos mais duros golpes na escola pública, e a avaliação é a sua sequela.
(...)
O Bloco de Esquerda esteve desde a primeira hora na denúncia dos atropelos feitos à carreira docente e contra todos os mecanismos de estrangulamento da carreira (Estatuto da Carreira, avaliação, concursos, etc.).
Bater-se-á até ao fim pela dignidade de todos os profissionais de educação e contra todos os pontos lesivos do Estatuto da Carreira Docente, na certeza de que sem profissionais motivados e reflexivos não há qualidade de aprendizagens, com claro prejuízo para as crianças e jovens e para as suas famílias e com agravamento do atraso do país.
O Bloco de Esquerda compromete-se na defesa:
• da estabilidade profissional e contra a precarização;
• do fim da fractura entre professores de primeira e de segunda, sublinhada como um dos ataques mais lesivos da escola pública e que não foi fundada nem em critérios de qualidade nem em conteúdos funcionais.
• por uma avaliação credível, que se inicia pelas escolas em contexto, alia vertentes internas e externas, e assuma a responsabilidade colectiva do trabalho docente;
• por um horário de trabalho que reconheça o aumento do tempo de qualidade para todo o trabalho docente vergonhosamente silenciado, e para dar resposta às exigências de mudança na escola pública;
• pela componente colectiva do trabalho docente como uma das vertentes mais positivas da sua actividade e como um dos aspectos que mais conteúdo dão à relação com os alunos/as.
programa completo pode ser consultado aqui: http://www.bloco.org/media/programabe.pdf

2 comentários:

Adélia Rocha disse...

Uma palavra para o BE: obrigada pelo apoio, pela presença nas nossas manifestações.Obigada, especialmente à Ana Drago(certo?) por nos compreenderem. Viva o BE!

TVstar disse...

Certo e justo Adélia!
Foi o partido político que mais lutou por nós e sempre bem informado e documentado.
Muitas palavras de agradecimento!!