segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um país que se espelha num rio


Era minha intenção aproveitar algumas paisagens das férias para fazer uns postes sobre o estado da nação. Era e é.
Enquanto as palavras não encontram o caminho certo no cruzamento com as fotos, trago hoje aqui para o jardim dos lírios um caso de águas verdes fluorescentes que são bem a imagem da podridão a que chegámos.

A nossa amiga Anabela Magalhães, amarantina dos quatro costados, que ama o rio-moldura da sua cidade - o Tâmega onde aprendeu a esbracejar e a espernear contra a adversidade - de há muito que vem denunciando o crime ambiental que o vídeo abaixo tão bem documenta.
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Comparar este rio com o este outro da publicidade, enganosa, ...
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é a mesma coisa que sabermos como este Portugal vai de mal a pior e ouvir os discursos de auto-elogio, de desavergonhado orgulho, dos nossos governantes pelas bacoradas que têm feito.

Então na educação...
nós bem sabemos até onde vai o faz-de-conta!


Já agora, como estará o nosso Zêzere?
A última vez que ouvi alguém falar deste problema foi aqui.

4 comentários:

Anabela Magalhães disse...

Muito obrigada, Bugs, pela ampliação dada a este problema dramático que é também um crime ambiental!
Beijocas, Linda!

bugsnaEDucação disse...

De nada! Estamos cá para ajudar a fazer um país melhor, um mundo melhor.
Tal como disse em tua casa, infelizmente os problemas dos crimes ambientais e da indiferença dos que nada fazem para os impedir e resolver não são apanágio dos que vivem ao lado do Tâmega.
Ainda no passado domingo se inaugurou por aqui uma desmesurada ponte pedonal sobre a a ribeira da Carpinteira, uma das mais significativas na história da cidade. Agora sobre a despoluição das ditas nada se ouve.
Ou será que alguém ouve e sou eu que ando distraída?

Anabela Magalhães disse...

Se se ouve.... ouve-se pouco!
Isto não interessa focar! É uma tristeza!

LSR disse...

Tive oportunidade de ver qualquer dos rios ainda "em bom estado de conservação".
Não serão antes os rios que se espelham no país?
Seja como for, não seremos coniventes. Há que remar contra a maré suja!