quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Farsa da Avaliação de Professores, segundo ANTÓNIO BARRETO

o texto, que a seguir transcrevo, aterrou-me no e-mail e eu penso que ele merece divulgação. Claro que ninguém liga àqueles que têm por profissão pensar, esclarecer, questionar. António Barreto não é da área do eduquês, logo... não interessa nada!

«Na impossibilidade humana de "gerir" milhares de escolas e centenas de milhares de professores, os esclarecidos especialistas construíram uma teoria "científica" e um método "objectivo" com a finalidade de medir desempenhos e apurar a qualidade dos profissionais. Daí os patéticos esquemas, gráficos e grelhas com os quais se pretende humilhar, controlar, medir, poupar recursos, ocupar os professores e tornar a vida de toda a gente num inferno.
(...)
O sistema de avaliação é a dissolução da autoridade e da hierarquia, assim como um obstáculo ao trabalho em equipa e ao diálogo entre profissionais. É um programa de desumanização da escola e da profissão docente. Este sistema burocrático é incapaz de avaliar a qualidade das pessoas e de perceber o que os professores realmente fazem. É uma cortina de fumo atrás da qual se escondem burocratas e covardes, incapazes de criticar e elogiar cara a cara um profissional. Este sistema, copiado de outros países e recriado nas alfurjas do ministério, é mais um sinal de crise da educação.»

Acrescento: O objectivo é diminuir gastos com a educação? DIMINUAM-NOS SIMPLESMENTE O ORDENADO!!!! Voltem àquele método que obrigava os professores a fazer um trabalho de pesquisa e a defendê-lo perante professores universitários! Pelo menos estes não são nossos colegas, não estão connosco diariamente. Eu juro que me faz uma confusão medonha que colegas que sempre trabalharam comigo lado a lado, que conhecem as minhas fraquezas e os meus pontos fortes e eu o deles/delas, venham agora avaliar-me, numa situação de formalidade informal ou informalidade formal, ou eu a eles/elas. É uma palhaçada!! Sabem o que é que me faz lembrar? Aquelas estratégias da formação de professores, em que nos dão um papelinho com tópicos e nos pedem que nos viremos para os colegas portugueses e comecemos a falar com eles em inglês. E nós ficamos ali numa situação artificialíssima, feitos basbaques, a palrar, a fazer uma figura triste e constrangedora. Só dá vontade de rir! Pronto. Vou corrigir mais uma história de vida de 87 páginas.

5 comentários:

TVstar disse...

Muito bem Adélia!! Bem lembrado, postar este texto tão VERDADEIRO do Barreto.
CORAGEM minha amiga!!
Beijinhos

bugsnaEDucação disse...

Já o disse lá para trás neste blogue e reafirmo-o: Este senhor, é um Senhor! (http://olhaiosliriosdacampos.blogspot.com/2009/06/ainda-o-exemplo-da-teoria-pratica.html)

Delinha, a tua presença é preciosa aqui no jardim.
Por que não nos brindas com alguns dos teus deliciosos textos que tens guardados lá naquele teu cantinho?

beijinhos

Adélia Rocha disse...

Ohhhh! A menina conhece o meu cantinho!!! Acho que dá perfeitamente para adaptar um ou outro. Vou esperar que estes "posts" novos sejam lidos, para não haver distrações, e depois colocarei.

Anabela Magalhães disse...

A menina pode colocar...
Aguardamos serenamente...

Reverendo Bonifácio disse...

Coloque para deleite nosso, confesso a preguiça que tenho de andar de uns blogs para os outros... que quereis a loucura que reina nas escolas até se reflecte no aumento da preguiça para o que não devia de existir!