quinta-feira, 31 de março de 2011

Já é primavera


Dia enevoado.
O cinzento Outono visita-nos;
o mundo está tão silencioso
como se tivesse morrido ontem à noite.
Na sebe vermelho-dourada
amadurecem os monstros da névoa;
e o dia jaz adormecido.
O dia não voltará a nascer.

Frida Schanz

O que é que eu ando a fazer? A transcrever poemas de outono, quando começa a primavera? A sublinhar a inquietação quotidiana e feia, com poesia bela e outonal?O outono é a minha estação favorita. Que despropósito. Que falta de senso. Que falta de tudo...

terça-feira, 29 de março de 2011

OCDE - A explicação que faltava....

Angel Gurria, dirigente da Internacional Socialista e secretário-geral da OCDE Um dia após a divulgação pública de mais um "estudo" da OCDE onde se leem pérolas como esta - "De facto, os alunos de meios socialmente menos favorecidos são considerados no estudo especialmente resilientes, e este conceito de resiliência tem a ver com a constatação de que há muitos alunos que à partida tendo uma origem social menos vantajosa do que outros revelam resultados nos níveis mais positivos" -, é bom recordar quem são os mandantes desta organização rendida à Internacional Socialista. Tal como o FMI que é presidido atualmente por um dirigente do Partido Socialista Francês e putatitivo candidato às eleições presidências. A OCDE é presidida por um senhor chamado Angel Gurria, dirigente da Internacional Socialista e, durante largos anos, ministro dos governos do igualmente partido socialista mexicano que dá pelo nome de PRI. Quando José Sócrates precisou de ajuda para envolver o PSD na aprovação do Orçamento de Estado, Angel Gurria veio a Portugal reafirmar as palavras de José Sócrates. Não acha estranho que sempre que o Governo socialista está em apuros apareçam uns executivos da OCDE a dizerem que os resultados dos alunos portugueses melhoraram? Na campanha a que OCDE se presta há sempre a mãozinha de outro socialista português, Ferro Rodrigues, embaixador de Portugal na OCDE. Uma organização que, em tempos, foi credível e isenta, presta-se agora a servir de encosto e legitimação das políticas do Governo socialista. Compreende-se: são os socialistas que mandam na OCDE.


Trazido daqui:



E enviado por mail pelo Steven. Obrigada!!

domingo, 27 de março de 2011

É favor Votarem no Inquérito

Apesar da errada formulação da pergunta. O inquérito encontra-se na página inicial do JN online, à esquerda. Votem e espalhem o inquérito pelas caixas de correio electrónico, pela blogosfera e pelo Face. Obrigada à Anabela Magalhães, sempre atenta.

sábado, 26 de março de 2011

Diferenças de drs

Ora vejam lá se com os senhores doutores médicos a coisa é feita às pressas, em cima do joelho, trapalhonamente.

Médicos serão avaliados a partir de 2012

Catarina Duarte  
25/03/11 19:15

Governo e sindicatos chegaram a acordo para arrancar com a avaliação de desempenho dos médicos.
Os médicos vão começar a ser avaliados em 2012, sendo que esta avaliação só estará concluída no primeiro trimestre de 2013, disse ao Económico o dirigente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Sérgio Esperança.
Os médicos ficam sujeitos às mesmas regras de avaliação da administração pública, ou seja, ficam sujeitos a uma quota de 25% para a nota máxima (que permite progredir na carreira) e a um quota de 5% para a avaliação de excelente (que dá direito a prémios de desempenho).
Contudo, tanto as progressões nas carreiras como as compensações estão congeladas até 2013. Sérgio Esperança acredita que quando a avaliação dos médicos estiver terminada, em 2013, esta situação já possa estar regularizada.



Ainda assim não deixa de admirar.

Dia seguinte

E você? Já desfez o seu portfólio?



A pronta ironia da Flor do Cardo, deixada ali nas traseiras.

Mas este dia nunca mais termina?


Depois de sentir uma alegria, amarga e doce, por ver finalmente suspensa a borracheira que foi/é um modelo de Avaliação de Desempenho Docente, que tinha como objetivos poupar uns tostões, limpar a estatística e domar os profissionais a quem se entregam as cabeças dos portugueses do futuro...

Depois de ouvir a declaração do voto contra a suspensão da ADD dada por JPP à imprensa... Precisado de regressar à escola... até já diz  "obteram"...

Depois de chorar, de rir, com a indignação da senhora dona escritora ministra por causa da interrupção de um processo, quando o ministério que tutela é mestre na mudança das regras a meio dos jogos. Olha aquela do estatuto do aluno publicada em Janeiro com efeitos retroativos a Setembro...

Depois de saber que este figurão, colega do inginheiro, em vez de ser castigado recebeu  822.192 euros do BCP em 2010...

Depois de ler a arrogante irritação do demissionário com elementos da imprensa estrangeira, que lhe perguntavam se Portugal precisava de ajuda...

Depois de ver a senhora alemã, que manda no país dela e arredores, ter agradecido ao menino das birras, por sinal muito impaciente por voltar e meter a pátria na ordem...

Depois de desejar  o que António Barreto preconiza ali abaixo: uma auditoria das contas públicas, para que o povão saiba, com clareza, o tamanho do nosso buraco e o destino do nosso dinheiro...

Só me faltava confirmar que aqueles que se dizem socialistas continuam cegos, surdos e submissos...


Só me faltava saber, preto no branco, que estão interessados é em varrer os números para baixo do tapete:

tudo farinha do mesmo saco: a senhora das salsichas, o cherne que nadou para a UE, o de bolirei, o inginheiro, o coelho...

Do umbigo, sempre atualizado.

Não há alegria que aguente...
Estamos fritos e bem-passados!

O Acto III da trilogia fica para amanhã, que não há quem aguente tanta trapalhada.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Corporativismo, Hum?


 Pois é, sabe do convento quem lá está dentro!

Associações de pais: Revogação da avaliação de professores é "útil" para haver paz nas escolas

 O dirigente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Joaquim Ribeiro, considerou "útil" a revogação da avaliação dos professores, afirmando que vai ajudar a que haja "paz e sossego" nas escolas.

Ler mais aqui.

Parabéns, Paulo Guinote!


Que conte muitos e bons!

Até parece que a A. R. agendou o assunto para hoje e se uniu (não apenas para tramar aquela que feneceu!) para dar esta prenda de aniversário ao autor do blogue A Educação do meu Umbigo.

Mais um momento de encanto!!

Alegria Breve


O PS vai pedir a fiscalização da constitucionalidade da revogação da ADD...! Palavras para quê!
Pedimos desculpa por esta interrupção, o desgaste e a esquizofrenia seguem dentro de momentos!

Trilogia sobre o Monstro da ADD

Acto II

Porque sempre achei, e disse, que a defunta tinha uma virtude: puxar pelo que há de pior em cada um de nós, permitam-me que dê vazão, por fim, ao veneno que me vai cá dentro. Para que com o bicho, morra a peçonha!


Ai tanto portefólio zinho, tanta aula enfeitada, tanta manobra, tanta manha, pró lixo!

Trilogia sobre a defunta ADD

Acto I

Parabéns a nós!

 

Aos que não se resignaram a tornar-se lambe-botas, massa acrítica que diz ámen ao desvario!
Aos que não baixaram os braços e, mesmo sentindo na pele o estigma do renegado, continuaram firmemente a remar contra a maré de indignidades.

Valeu a pena, porque a alma não era pequena!

quinta-feira, 24 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

JÁ FOI!!

FINALMENNNNNTE!! O SR. ENGENHEIRO FOI.....
JÁ DEVIA TER IDO HÁ MUITO TEMPO!!!

HOJE ATÉ ME NASCEU UMA ALMA NOVA!!

VIVA PORTUGAL!!

NOMENCLATURA

Muito bem!!


Há que tratar as coisas/pessoas pelos NOMES!!


sexta-feira, 18 de março de 2011

Para lá de surreal!

Somam-se os abusos laborais sobre os professores. E os professores deixam. E o ME continua seja em nome da utopia educativa igualitária, da escola a tempo inteiro, da modernização tecnológica das escolas ou da uniformização de práticas de exames.

Primeiro, o ME pôs fim a uma prática de muitos anos e retirou o pagamento aos professores que classificam exames no secundário. Toda a gente que já corrigiu um exame do 12º ano conhece a diferença de exigência, esforço, trabalho e tempo entre classificar uma prova do 9º ano e classificar uma prova do 12º ano. O ME colocou tudo no mesmo saco, igualou por baixo e pôs fim ao pagamento aos docentes classificadores dos exames do secundário. Mas fez mais.

Depois, o ME lembrou-se de que os professores classificadores estavam  a precisar de formação. Não se percebe como é que os classificadores conseguiram classificar os exames do secundário durante tantos anos. Mas enfim, o ME achou que os docentes classificadores não desempenharam bem a função e desenhou uma ação de formação obrigatória - obrigatória com que base legal? - a realizar amanhã e sábado, forçando os docentes a deslocarem-se às capitais de distrito. Os docentes do Algarve são forçados a deslocar-se a Beja.

De seguida, o ME obrigou os contemplados a assinarem um contrato por quatro anos para desempenho das funções não pagas de classificador de exames.

Por fim, o ME entendeu restringir o período de férias dos classificadores a fim de que os mesmos se acomodassem a um calendário de exames que entra por Agosto.

Reparem: os escolhidos ficam amarrados a um contrato de quatro anos para desempenharem uma função não paga e que, ainda por cima, os obriga a fazer ações de formação ao sábado, que ninguém sabe ao certo se e como vão ser custeadas, e a cereja em cima do bolo é a obrigatoriedade de os felizes contemplados verem o período em que podem requerer férias profundamente encurtado.

Se isto  não é uma abuso laboral, digam-me por favor o que é um abuso.
Roubadinho ao Profblog de Ramiro Marques 


E ainda têm a lata de se dirigirem aos corretores com esta mensagem:
"Parabéns! Foi seleccionado para..."
 Mas alguém concorreu ao que quer que seja?

quinta-feira, 17 de março de 2011

DEIXEM-ME TER VIDA PRÓPRIA

Viver numa terra pequena já não é sinónimo de vida tranquila. O tempo já não se alonga para abarcar tudo o que temos de fazer no dia-a-dia. Olhamos para trás com saudade mas ... o tempo não volta atrás.
O que mudou na cidade?! Nada, rigorosamente nada. A vida na cidade corre serena como o rio que a embeleza. Alteraram-se percursos de vida e ...as pessoas mudaram.
A estrada da vida é para a frente e é demasiado curta e, o dia de hoje já é passado. E, se queremos avançar, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.
Na escola, onde se devia falar de alunos, fala-se e vive-se avaliação de professores. É indicado um caminho a seguir, por alguém sem nome e sem rosto, cheio de labirintos, papelada e múltiplas tarefas para o professor desempenhar, num verdadeiro caminhar por um túnel sem luz e sem fim à vista em cima de um iceberg. Para não falar da delirante teia burocrática que acompanha todo o percurso. E, num perfeito desnorte, todos seguem pelo mesmo caminho. Alguns vão dando passadas largas, carregados de papelada, mas felizes porque esta caminhada veio preencher um qualquer vazio pessoal e íntimo. Outros nem por isso, mas concordam como sonâmbulos em seguir o mesmo caminho resignados na fila. Os que fazem ouvir a sua voz, vão ficando sozinhos e impotentes. Eles bem tentam compreender as razões profundas e intimas de tal resignação, gritando-lhes que aquele não é o melhor caminho, mas sem resultado! Dá vontade de trazer para nós a força e a vontade de dizer não, que a juventude desfilou e exibiu nas ruas do Cairo. Está tudo louco! Chega, vamos mudar! Estamos a repetir a história para quê? Foi para isto que marchámos em Lisboa? O que aconteceu de tão relevante para haver esta radical mudança de atitude?
E há gente contente!
Como calço quase sempre sapatilhas, consigo andar bem de costas e de frente e até de lado, só não vou em pino, porque a idade já não convida a tal, pelo que vou acompanhando a fila e ouvindo as pessoas. E depois move-me uma força interior, que não consigo explicar, quando sinto injustiças, alguém triste, alguém sem voz. E a minha garganta aclara-se e livremente sai o que me vai na alma, por vezes, até mal interpretada. Os professores estão desmotivados, frustrados, e cada vez se sentem a mais, como se estivessem a ver um filme de terror ou de drama, da sua vida actual e futura!
E há gente contente!
Quase não temos tempo para nos encontrarmos uns com os outros, deitar conversa fora ou até rir, sem que tenhamos que nos preocupar que falta fazer o documento A ou B. Há uns anos atrás estes documentos serviam para mostrar com orgulho: olha o que fiz para a turma X! Oh, que interessante, empresta-me! Agora o discurso é: olha o que tenho que fazer para entregar ao relator e/ou coordenador! E o outro: isso serve para quê, não lembra ao diabo?!
Bem diferente este partilhar de experiências que sempre enriqueceu o trabalho de um professor e assim deveria continuar.
E há gente contente!
Mas o que mais me preocupa é a desconsideração cada vez maior relativamente à profissão, não do ministro A ou B, ou sequer da opinião pública que é sempre mordaz, mas a que já estamos habituados. Não, agora é dentro de portas, entre colegas! Criou-se um clima de competição que está a deixar moribundo o espírito de partilha entre pares, que sempre existiu, e que provoca um crescendo de conflitualidade dentro da escola. O ambiente crescentemente asfixiante, quer de preocupações quer de papelada, está a cobrir-nos quais mineiros no Chile, e mineira é uma das profissões que eu nunca escolheria por ser claustrofóbica. E vamos sufocando e trabalhando. Exigem-nos versatilidade a dominar todas as ferramentas do office, para além da quase obrigação de verificar, com frequência diária, o correio electrónico.
E há gente contente!
E alguns professores apenas perguntam: Tenho de pedir desculpa por querer ter vida? Tenho de pedir desculpa por ter marido/mulher e filhos que precisam de mim! Tenho de pedir desculpa por adorar visitar os pais ou outros familiares! Tenho de pedir desculpa por querer ler um livro, assistir a um filme, despreocupada e sem remorsos! Tenho de pedir desculpa por querer dedicar tempo a mim! Tenho de pedir desculpa por não querer trabalhar aos fins-de-semana para a escola! Tenho de pedir desculpa por ter filhos pequenos que reclama a mãe/pai para a brincadeira! Tenho de pedir desculpa por o marido/mulher querer dar um simples passeio num fim de tarde bonito. Não, não, não! Não devo pedir desculpa.
Mas há gente contente!
Quero ter todo o tempo do mundo para enriquecer a minha pessoa com outras vivências, que não o trabalho.
Como podemos compreender e relacionarmo-nos com os jovens com quem convivemos se não partilharmos nada com eles? O facto de termos vida para lá da escola, alarga-nos horizontes e a nossa história de vida torna-se mais rica, mais diversificada e mais feliz, o que será uma mais-valia para os alunos colherem referências que poderão vir a ser úteis na sua vida.
Mas há gente contente!
O tempo para ensinar já não é o mesmo. Os professores andam sobrecarregados de trabalho e já não têm o tempo, nem a serenidade, para o que é mais importante: as aulas e a disponibilidade para os alunos. Claro que não descuram esta tarefa, mas têm que ir buscar o tempo que lhes falta ao seu tempo livre. A escola não pode vir em primeiro lugar em relação à pessoa e à família! Mas agora está tudo invertido!
Sente-se também o medo. Sim, é verdade. O medo está instalado. Noto-o, sinto-o, sussurram-no.
E medo de quê? De gritarem alto o que lhes vai na alma, de terem que fazer tudo o que lhes é pedido sem perguntar porquê? E eu apenas posso fazer isto, escrever também o que me vai na alma e motivar a que falem até que a voz lhes doa.
E há gente contente!
Revejo-me no testemunho de um autor, que não lembro o nome, ao afirmar: Eu não venci todas as vezes que lutei. Mas perdi todas as vezes que deixei de lutar.
Por isso continuarei a dizer bem alto:
DEIXEM-ME PENSAR POR MIM! DEIXEM-ME SER FELIZ! DEIXEM-ME TER VIDA PRÓPRIA!

Março 2011

Helena Varela

Publicada por Octávio V. Gonçalves
Nota: Um testemunho exemplar que nos deve encorajar a continuar a RESISTIR.

domingo, 13 de março de 2011

Os Lírios estiveram no Campo Pequeno

À chegada,

Encontrando a nossa grande amiga bloguista!! Que prazer poder trocar abraços!!

Comunicando com quem nos pode ( e deve ) ajudar a lutar....

A emoção do Campo Pequeno ao rubro!!

Na rua...marcando forte presença
Nota: Mais uma vez alguns Lírios (os mesmos de sempre!) estiveram na luta por: uma escola digna; um ensino verdadeiro; um País decente; uma avaliação honesta; horas disponíveis para preparar aulas; RESPEITO;etc,etc,etc............................................

A Escola tem vindo a perder a dignidade...MAS NÓS NÃO!!

Alguns professores perderam a coragem....MAS NÓS NÃO!!

Outros deixaram-se vencer pelo cansaço...MAS NÓS NÃO!!

Missão cumprida

Registo de autor desconhecido furtado ao Paulo Guinote.

sábado, 12 de março de 2011

Últimas: Professores à Rasca


Nos noticiários deu-se destaque aos professores. Pareceu-me até ouvir que a Senhora Ministra teria em conta algumas das nossas reivindicações (mas posso ter tido uma ilusão de óptica e de audição), espero que seja PARAR A AVALIAÇÃO POR PARES = MAU AMBIENTE DE TRABALHO ENTRE COLEGAS! O DN trazia notícias sobre nós e especialmente sobre os professores de EVT.
A manifestação da GERAÇÂO À RASCA no Porto foi enorme. Cantou-se a Desfolhada da Simone. Mas não foi a Simone que cantou, foi uma rapariga nova, assim como se fosse um improviso. Foi lindo!! Em Lisboa estavam, para além dos Homens da Luta, o Fernando Tordo e o Rui Veloso. Cantaram-se canções "antigas". Liiiiiiindo!

Voltando aos professores, gostei que tenham feito um minuto de silêncio pelas vítimas da catástrofe no Japão. A enorme catástrofe do Japão! Façamos também nós, aqui, um minuto de silêncio (sessenta segundos, sessenta pontinhos) por todos esses irmãos que se vêem confrontados com um pesadelo dantesco.

(............................................................)

Apontamentos de Reportgem



Fui ao Expresso buscar informação. Muita informação sobre a Geração à Rasca. Nada sobre professores. Nas televisões, RTPn e SIC Notícias, grande destaque para os à Rasca. Do Campo Pequeno, chegou pouco (que eu tenha visto), mas viu-se o início do discurso (pouco inspirado, digo eu) de Mário Nogueira. Passo ao copy paste do Expresso. (Ah, muitas fotos no Umbigo, mas dos à Rasca). Os títulos são meus:

Cá estão os destaques do “Espesso” on-line:

Últimas Geração à Rasca
• Megafone dos Homens da Luta deu voz aos manifestantes (fotogaleria)
18:37 Sábado, 12 de Março de 2011, 2


• Manifestação "Geração à Rasca" chega ao Rossio com mais de 200 mil pessoas (fotos e vídeo)
18:20 Sábado, 12 de Março de 2011, 13


• Manifestantes em Coimbra esperavam mais adesão
17:13 Sábado, 12 de Março de 2011,

• 50 mil pessoas na rua
17:10 Sábado, 12 de Março de 2011, 9


• Manifestação preencheu apenas metade da praça do Município do Funchal
16:59 Sábado, 12 de Março de 2011,

• País precário saiu do armário
16:13 Sábado, 12 de Março de 2011,

• Deolinda não estarão na manifestação
16:13 Sábado, 12 de Março de 2011, 3


• "Geração à rasca" só saiu à rua em Lisboa, para já
15:37 Sábado, 12 de Março de 2011, 2


• Milhares no arranque da manifestação da "Geração à Rasca" (fotos)
15:01 Sábado, 12 de Março de 2011, 2


• Envie-nos fotos ou vídeos do protesto da geração à rasca
10:00 Sábado, 12 de Março de 2011, 18



E agora para algo completamente diferente: os comentários (cuidadosamente seleccionados por mim. De assinalar: poucos erros de ortografia!)

COMENTÁRIO TIPO: ATÉ ‘TOU ARREPIADO

coelhobravo (seguir utilizador), 1 ponto , hoje às 15:30

«...mas não vamos baixar os braços!!!
VAMOS INICIAR A MUDANÇA !!!»

COMENTÁRIO TIPO: ‘TÁ BEM ABELHA

moncarapacho (seguir utilizador), 1 ponto , hoje às 17:18

«Neste momento Sócrates e sus muchachos estão agradecidos à geração rasca, pela sua manifestação. Com a cobertura mediática, digna de visita papal, está a passar despercebida a tragédia resultante do PAC 2012. Congelar pensões de 300 euros por 3 anos é enviar para os caixotes do lixo dos supermercados (à procura de comida) mais uns milhares de velhotes (alguns começaram a trabalhar aos 11 anos). Para completar o ramalhete,só vai ao médico quer tiver dinheiro, medicamentos idem, arroz, massa,pão e frango de 6% para 23%, uma verdadeira operação de limpeza.
Tudo isto passou a segundo plano pela manifestação dos deolindos. Sócrates agradece.»

COMENTÁRIO TIPO: A MIM NÃO ME COMEM AS PAPAS NA CABEÇA

Cruzadas (seguir utilizador), 1 ponto , hoje às 18:47

«Estive lá como curioso. Era gente a perder de vista. Mas estava tudo muito animado, com cara de quem só estava ali a divertir-se até se fazerem horas para ir para o Bairro Alto. Pelas pessoas que lá se encontravam, hoje, uma manifestação menos pacífica teria fortes condições para derrubar o governo.
A pesar de tudo, foi uma festa interessante de se ver. Sim, porque aquilo foi somente uma festa. Música, dança, alegria...parecia um corso de carnaval.»

COMENTÁRIO TIPO: NÃO É SÓ A ADÉLIA QUE SABE COBRIR A MANIFESTAÇÃO

Joaquim Marques Cruz (seguir utilizador), 1 ponto , hoje às 18:36

«300 mil no Rossio. 80 mil nos Aliados.
Falta informação sobre o resto do país.
Deficiente e sectária a cobertura pelos repórteres da SIC.
TVI e RTPN mais isentos, com mais meios e melhor reportagem.»

Colegas, lírios, aqui fica um testemunho, um resumo, para que não vos falte nada, quando chegardes (irra!) a casa e, bebendo um chá, passardes os olhos pelo nosso/nossa Campos.

Mais um sábado de luta

.

sexta-feira, 11 de março de 2011

12 de Março

Amanhã, lá estaremos.


quinta-feira, 10 de março de 2011

2011 03 07 analfabetismo reporter TVI.avi


A entrevista é longa, mas vale a pena ver até ao fim. Eu vi-a na TVI e fiquei estarrecida com a história do rapaz que não sabe ler, mas está no 8º. ano|

quarta-feira, 9 de março de 2011

O xuxalismo da rolha

Enquanto o fantoche com um esgar cínico fazia o "convite" para o jantar, temperado pelo pregão hipócrita de um ps tolerante, os capangas tratavam de esmagar os que, tendo pago o jantar, não queriam apenas comer e calar...


Agora que já passou o Carnaval e que, no entender das matrafonas politiqueiras, os protestos já podem ser levados a sério, aqui está mais um exemplo da democracia, da pluralidade, da liberdade e da tolerância desta gente que nos desgoverna :

Coordenador da DREC demitido por assinar documento contra a avaliação de professores


Ernesto Paiva, que desde 1996 coordenava a Equipa de Apoio às Escolas de Coimbra, foi chamado na quinta-feira pela directora regional de Educação do Centro, que, diz, lhe anunciou que estava demitido daquele cargo.

Motivo: ter subscrito um abaixo-assinado crítico do actual modelo de avaliação de professores, na qualidade de docente da Escola Secundária Infanta D. Maria. O afastamento e a razão invocada pela DREC estão a provocar a indignação de vários directores de escolas, que admitem tomar uma posição pública sobre o assunto.

Ler o resto no Público

sexta-feira, 4 de março de 2011

Uffffffffffff!

Ó Carnaval, já não era sem tempo!

Imagem daqui

Faça-se justiça, os professores estão cansados mas os(alguns) alunos também. Se vissem as caras deles, nesta última semana.
Isto dá lá rendimento. É mais um faz-de-conta...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Contributo não modesto para zurzir os ímpios

A vida está má. Muito má. O que nos resta? Insultar, no mais íntimo das nossas almas os infelizes que nos fazem penar. Somos civilizados, o que é uma grande maçada, logo, temos de insultar em privado e sorrir em público. Eu sou uma pessoa que gosta de insultar, confesso. Porém, com tanta razão de queixa, estava a ficar muito limitada em termos lexicais. Dava por mim a repetir sempre as mesma coisas: “palhaços”, “ macacos” e pouco mais. Por isso, deixo aqui, generosamente, uma lista de insultos, recolhidos da obra de António Vitorino D'Almeida, "Tubarão 2000", livro excelentíssimo, que dá conta do que é ser português. Cá vai:

atolambados
basbaques
sebentos
bisbórrias
bestas
cavalgaduras
mentecaptos
lazarentos
emplastros
patolas
ronhentos
destrambelhados
badamecos
calhordas
ramelosos
salafrários
sevandijas
bigorrilhas
panotilhas
biltres
tipórios
títeres
pilhastras
delambidos
gandulos
ranhosos
safardanas
pindéricos
xexés
patarecos
peralvilhas
macróbios (não micróbios, mas também)
engadanhados
labregos
pespegos
tartamudos
bilhostres
mostrengos
javardos
matulagem
pulguentos
bandalhos
mânfios
babocas
pacóvios
corja
cáfila
aparvalhados
lorpas
chupistas
bandidos
javardões
bonifrates
piolhentos
abrutados
laparotos
sacripantas
gabirús
badamecos
manhosos
ignaros
sebentões
meliantes
taratas
decrépitos
lesmas
vermes
bolas de unto
macacada
caquéticos
calhorros
achavascados
carracenos
labregóides
artolas
lapuzes

É tudo. Penso que dei o meu contributo honesto para a arte de bem insultar quem nos torra a paciência! Usem e, se tiverem, enviem-me mais sugestões. Afinal, os tontos que nos estragam a vida («cheia de som e de fúria, significando nada…») e outros que tais, merecem todas as palavras que tenhamos para os zurzir.