segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sim, mas só se não for "a meio"


Eureka! Descobri o porquê do descalabro português: quando algo teve início, há que continuar, continuar sempre, em frente, até ao descalabro final. Nunca parar a meio, mesmo que seja uma coisa muito má, muito estapafurdia,ou inútil, ou insana. Começou? Vai ter que acabar!
Ontem, O Prof. M Rebelo de Sousa veio também argumentar que a suspensão da ADD, apesar de burocrática e coiso e tal, a meio? Não! E, depois, aduziu outro argumento brilhante: foi eleitoralismo do PSD!
E pronto, com os argumentos "do meio" e do "eleitoralismo"/"populismo" matam-se uma data de coelhos (que conveniente) de uma só cajadada. Há, por isso, que estar atento ao discurso falacioso, há que saber desmontar a argumentação (!?) fácil, mas muito eficaz. Recomendo o livro, que li e recomendo. À venda na Wook.

7 comentários:

mimos disse...

Dra. Adélia,
Não fora assim, e não compreenderíamos por que motivo outro iluminado já havia proclamado (brilhante! uma pérola!): «Estávamos à beira do abismo, mas demos um passo em frente.» Não restam dúvidas: esta atracção pelo abismo («Abyssus abyssum»?) está-nos, fatalmente, na massa do sangue! É a nossa sina!
Quanto ao Prof. Marcelo, já há muito que concluí que o Sr. ora dá uma no cravo, ora dá outra na ferradura. Provavelmente, foi para fazer coro com o que Pacheco Pereira escreveu na «Sábado»...
O que mais me enfurece é ver (ler e ouvir) estes fazedores de opinião (de pacotilha!) debitar sentenças sobre o que não conhecem,com a mesma ligeireza com limpam os beiços após uma lauta refeição. Perdoe-se-me a expressão, mas arrotam de barriga cheia!
Ora, ainda não tinha acabado este arrazoado, já estava a levar com a azia fétida, putrefacta, de outro basbaque. Desta vez, o basbaque-mor que nos passou um atestado de mentecaptos: pois claro,vamos todos votar no PSD, como forma de agradecimento pela revogação da dita cuja! E a avaliaçãozinha? Pois claro, é para repor, no dia do seu regresso!
Esquece-se que, antes disso, vai ser ele avaliado!
Ai, quem ficou com indigestão fui eu!

mimos disse...

Ah! Já me esquecia: obrigado pela sugestão literária(?).
Sempre informadíssima!

Adélia Rocha disse...

Mimos, não é literária. É sobre falácias: cem falácias, como detectá-las e desmontá-las.É um livro publicado por uma editora de livros de economia.

Reverendo Bonifácio disse...

Minha cara Drª Adélia, bem faria falta à nossa população (na qual me incluo claro) lê-lo, mas como bem sabemos "ler" parece ser uma tortura medieval.
Pois ficar a meio não! Se um sociopata estivesse a seccionar alguma parte da anatomia desses seres iluminados claro que do alto da sua sapiência diriam: continue, não pode deixar isso a meio; precisamos absolutamente conhecer o resultado do processo e seria até injusto para a parte não seccionada não passar por esse deleite...

Reverendo Bonifácio disse...

P.S. Claro que cada um pode imaginar a parte anatómica que mais lhes aprouver, conforme a disposição, inspiração, ou iluminado em causa.

Reverendo Bonifácio disse...

digo, lhe

mimos disse...

Ah, OK.
De qualquer maneira, obrigado. Folgo sempre em saber estas coisas.
Já agora uma curiosidade: houve quem contabilizasse o número de vezes que o primeiro referiu «história» (parece que umas 16 ou 18). Ah, grande timoneiro! Oxalá o seu nome não fique confinado a uma simples nota de rodapé!
Reforma completa: 65 anos + 7 meses!