sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mãe Pátria / Mãe Pobre

Mãe Pobre
 
Terra Pátria serás nossa,
Mais este sol que te cobre,
Serás nossa,
Mãe pobre de gente pobre.

O vento da nossa fúria
Queime as searas roubadas;
E na noite dos ladrões
Haja frio, morte e espadas.

Terra Pátria serás nossa
Mais os vinhedos e os milhos,
Serás nossa,
Mãe que não esquece os filhos.

Com morte, espadas e frio,
Se a vida te não remir,
Faremos da nossa carne
As seraras do porvir.

Terra Pátria serás nossa,
Livre e descoberta enfim,
Serás nossa,
Ou este sangue o teu fim.

E se a loucura da sorte
assim nos quizer perder,
Abre os teus braços de morte
E deixa-nos aquecer.


Uma das Heroicas de Fernando Lopes-Graça interpretadas pelo Coro Misto da ESART, hoje 10 de Junho, nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Castelo Branco.

Bom gosto na escolha de repertório! Ora oiça:



Mas excelente, mesmo, foi o discurso de António Barreto, como nos tem vindo a acostumar, ainda não disponível na net.

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