domingo, 1 de novembro de 2009

Desabafo Excelente

Oh! como gostava de subscrever na íntegra este texto da Teresa !

Para o poder fazer, faltam-me duas coisas: não ter entregue a FAA (Ficha de Auto-Avaliação), consequentemente, não ter sido avaliada pelo modelo MLR; e ter a capacidade da Teresa para, no meio de tanta adversidade, crescer profissionalmente com esta qualidade (ver partilha a 23 de Outubro ou na coluna lateral ).

Na vertigem dos dias, não julguem que ando alheada.
Passeio-me silenciosa e solitariamente algures entre a expectativa e a esperança de que os sacrifícios feitos em nome da coerência, da protecção do bem maior que são os alunos, do desenvolvimento de projectos (educativos) com sentido, do meu crescimento profissional e melhor desempenho junto dos alunos, não tenham sido em vão. Ainda possuo uma réstia de crença de que não me será oferecido apenas mais desencanto para além do já vivido, a que se juntaram coisas tristes como uma certa notificação, a não avaliação (por conta da não entrega de ois e não entrega da FAA formal, mas sim de um documento alternativo acompanhado do meu currículo), a estagnação ("financeira") na carreira por não ter alinhado com o concurso (injusto e arbitrário) para titular (com lugar garantido nas vagas disponíveis).

Às vezes dou comigo a pensar que esses títulos (apesar de mais bem remunerados e valorizados hierarquicamente na escola) não contam em lado nenhum do planeta como válidos... Ser titular será critério para aceder a mestrados e doutoramentos neste ou noutro país? Garante convites de instituições de ensino superior? É fundamentação para solicitar acreditação como formador? Será garantia de qualidade e de competência profissional aceite com confiança pela sociedade, sem qualquer sombra de dúvida?
Pois...
Fica clara a farsa de um sistema que apenas tem serventia neste medíocre e empobrecido sistema escolar, potenciando e sustentando míseros e promíscuos poderes, hierarquias estranhas... que têm colocado frequentemente o menos competente a avaliar, a controlar e a mandar no mais competente.
Absurdo mas real.

Por tudo isso... já só consigo aguardar.
É uma espécie de silêncio ferido.
Por enquanto vou fazendo tudo o que precisa de ser feito, porque os alunos não têm culpa e precisam de ser protegidos de tão estranhas e arbitrárias (economicistas?) leis e mantidos o mais a salvo possível de tão bizarras, desinteligentes, e perigosas governações.

Depois?
Veremos...

2 comentários:

Teresa Martinho Marques disse...

Obrigada pelas tuas palavras e pela "ampliação"... Anseio por um tempo que deixe este tempo para trás...
Beijinhos

bugsnaEDucação disse...

O teu trabalho merece a maior divulgação, Teresa. Não só o da tese mas também, e sobretudo, o que fazes todos os dias, na tua azáfama de fada.
Que o tempo nos traga a tranquilidade que desejamos para ir tecendo melhor as nossas teias.
Beijinhos também para ti.