domingo, 30 de agosto de 2009

PROGRAMAS POLÍTICOS PARA A EDUCAÇÃO IV

Programa eleitoral do PSD em matéria de Educação
4. Educação
A verdade
Portugal tem um nível de investimento na educação em linha com o dos países mais avançados da União Europeia e, no entanto, mantém-se nos últimos lugares quando se avaliam os resultados. Todos os estudos e indicadores revelam a necessidade de orientar as políticas para uma maior qualidade do ensino, mas os socialistas optaram por uma política que estimula o laxismo, a falta de disciplina e o facilitismo na avaliação. Para melhorar estatísticas e exibir efeitos de curto prazo, o que se criou foi um clima de desconfiança e desprestígio que, sob a bandeira de uma falsa inclusão, redunda na mais flagrante injustiça social e acaba por prejudicar todos e o País. Para calar críticas, o governo tentou sistematicamente denegrir, agredir e desprestigiar os mais importantes agentes do sistema educativo: os professores. No ensino superior, por sua vez, assistiu-se ao estrangulamento financeiro das mais importantes instituições e à escolha discricionária daquelas que seriam premiadas com apoios financeiros.
O que fazer para que o sistema educativo (incluindo o ensino superior) passe a dotar os Portugueses das capacidades, dos conhecimentos e da formação indispensáveis à sua vida futura?
O nosso compromisso
1. Desenvolveremos uma política de educação determinada transversalmente pelos valores do rigor, da exigência, da criatividade e formação integral do ser humano e do respeito pelos agentes do sistema educativo, beneficiando das experiências internacionais mais relevantes, com as quais nos comparamos e teremos que competir.
Combateremos o facilitismo e promoveremos a instalação de uma cultura de exigência e de rigor, que traduza uma efectiva valorização do ensino e o seu reconhecimento pelas famílias, pelas empresas e pelos alunos e que premeie o esforço e o mérito.
Privilegiaremos, em relação ao (in)sucesso estatístico, a definição e verificação, preferencialmente por entidades exteriores à escola, de objectivos mínimos para o respectivo ano ou ciclo de estudos, com o objectivo de estimular a aprendizagem e apontar exemplos de sucesso.
Alteraremos o Estatuto do Aluno, valorizando a assiduidade, disciplina e civismo, revogando as normas que possibilitam faltas quase permanentemente justificadas e sobrecarregam os professores com a obrigação de repetirem sucessivamente testes a alunos faltosos.
Simplificaremos os processos de punição das infracções disciplinares dos alunos, para sancionamento da indisciplina e da violência nas escolas.
Consagraremos formas de participação e de co-responsabilização dos encarregados de educação, condicionando certos apoios sociais do Estado ao cumprimento dos deveres escolares do(s) aluno(s) a cargo.
2. Restabeleceremos o prestígio dos professores, reforçando a sua autoridade e condições de trabalho de modo a chamar os melhores para o ensino, centrando a sua acção no trabalho pedagógico e aliviando a sua carga burocrática.
Afirmaremos a necessidade da existência de um processo de avaliação dos professores e da sua diferenciação segundo critérios de mérito.
Suspenderemos, porém, o actual modelo de avaliação dos professores, substituindo-o por outro que, tendo em conta os estudos já efectuados por organizações internacionais, garanta que os avaliadores sejam reconhecidos pelas suas capacidades científicas e pedagógicas, com classificações diferenciadas tendo por critério o mérito, e dispensando burocracias e formalismos inúteis no processo de avaliação.
Reveremos o Estatuto da Carreira Docente, nomeadamente no respeitante ao regime de progressão na carreira, corrigindo as injustiças do modelo vigente e abolindo a divisão, nos termos actuais, na carreira docente.
3. Iniciaremos uma reestruturação da administração educativa, com reforço da função reguladora e avaliadora e de apoio às escolas, alterando a lógica de comando e controlo para uma lógica de oferta de serviços às escolas, visando o fim do “monstro burocrático”.
Apostaremos seriamente na atribuição às escolas da generalidade dos poderes de gestão e administração do seu projecto educativo.
Aprovaremos um currículo nacional, por ciclo e ano de ensino, competindo a cada agrupamento ou escola não agrupada complementar esse currículo mínimo em concretização do seu projecto pedagógico.
Teremos como objectivo o progressivo alargamento da liberdade de escolha entre escolas da rede pública.
4. Criaremos condições para o efectivo cumprimento da universalidade da educação pré-escolar para todas as crianças a partir do ano em que atinjam os cinco anos de idade, e da escolaridade obrigatória das crianças e jovens em idade escolar, isto é, com idades compreendidas entre os seis e os dezoito anos.
Criaremos programas específicos de detecção precoce e acompanhamento personalizado de situações de insucesso, com respostas adequadas a cada caso.
Apostaremos na diversificação de ofertas educativas a partir do 7.º ano (via profissionalizante).
Alargaremos a rede pública de educação pré-escolar ou, em alternativa, o financiamento da frequência da educação pré-escolar, de forma a fomentar o surgimento de novas ofertas educativas.
Estimularemos o acesso de adultos à formação ao longo da vida, na procura do reforço de competências e actualização de conhecimentos, com a preocupação da qualidade da oferta e não apenas da quantidade e diversidade de qualificações formais.
Discriminaremos positivamente os alunos com necessidades educativas especiais, incluindo o recurso às melhores formas de cooperação com instituições especializadas que potenciem a eficácia e a qualidade dos apoios aos alunos e suas famílias.
Discriminaremos positivamente as escolas em territórios educativos de intervenção prioritária.
5. Definiremos critérios transparentes para o financiamento público do ensino superior, assente numa base plurianual e de contratualização de objectivos, bem como de igualdade de condições no acesso aos diferentes mecanismos de afectação de recursos.
Racionalizaremos a rede pública de ofertas de ensino superior, evitando redundâncias e dispersões excessivas, nomeadamente no que toca à proliferação de cursos e suas designações, e procurando fazer com que estes se ajustem às reais necessidades do mercado de trabalho.
Criaremos as condições e os estímulos para que as funções de inovação, transferência do conhecimento e fomento do empreendedorismo sejam crescentemente assumidas pelas instituições de ensino superior.
Respeitaremos e reforçaremos a autonomia das instituições de ensino superior, dentro de lógicas de parceria, diálogo e estreita colaboração, mas também de responsabilidade social e de prestação de contas à sociedade. Contribuiremos para uma efectiva concretização dos modelos de aprendizagem delineados no âmbito do Processo de Bolonha, indo além dos aspectos formais e administrativos da adaptação, como forma de assegurar mobilidade e competitividade no espaço europeu.
Aprofundaremos a internacionalização das instituições de ensino superior, sempre dentro de lógicas de parceria internacional abertas, transparentes e verdadeiramente orientadas pela qualidade intrínseca dos projectos.Recuperaremos imediatamente uma avaliação externa eficaz e rigorosa dos cursos superiores e estabeleceremos sistemas de reconhecimento do mérito enquanto motores do desenvolvimento e melhoria do ensino superior, aos mais variados níveis, incluindo instituições, unidades orgânicas, docentes, investigadores, funcionários e alunos.
Garantiremos que os Estatutos das Carreiras Docentes no ensino superior constituem verdadeiros instrumentos para melhoria do ensino e da investigação, nas suas múltiplas vertentes, sem prejuízo das expectativas legitimamente formadas pelos actuais docentes.
Reforçaremos os mecanismos de estímulo à mobilidade internacional de alunos e docentes.
Criaremos condições favoráveis à participação dos estudantes no financiamento dos seus estudos, através designadamente de trabalho a tempo parcial nas instituições de ensino superior ou de estágios de Verão remunerados, como estímulo à sua autonomia responsável e experiência profissional, que possa também facilitar a integração futura no mercado de trabalho, tal como acontece em muitos países europeus.

Texto obtido aqui: http://www.politicadeverdade.com/?idc=1200

9 comentários:

Bea disse...

E não é que pela 1ª vez anda tudo a ler os programas dos partidos (na nossa área claro)!!! Assim se começam novas atitudes! Bom regresso ás aulas.
bjs

TVstar disse...

É verdade Bea!! Nada como ler as "promessas" para depois não sermos apanhados desprevenidos...ou desinformados!!
Atitudes novas....PRECISAM-SE!!
Bjs e coragem...para enfrentar o regresso.

Anabela Magalhães disse...

Desejo excelente regresso aos lírios... e por falar em lírios... BUUUUUUUUUGS... mas por onde anda a menina?

Reverendo Bonifácio disse...

Outro partido a falar da indisciplina e da violência, é bom sinal.

Reverendo Bonifácio disse...

Pois também não sei da Bugs... talvez ainda esteja desaparecida...

bugsnaEDucação disse...

Olá amigas e Reverendo.
I'm back, não muito em forma mas dá para o gasto, por agora.
Bom ano para todas.
Vossa Reverência, é desta que vamos comer o mega-gelado?

Nossa Estrela da Manhã, da Tarde e da Noite, bem-hajas pelos brilhos que semeou neste jardim. E sempre sozinha, que cá por mim falo, este lírio andou muito murcho.

TVstar disse...

Olá olá!! Também posso partilhar desse mega gelado?!
É que isto de cuidar das flores sózinha dá uma fominha!!
Bjs

Reverendo Bonifácio disse...

Claro minha reluzente estrela, qantos mais a atacar o gelado melhor.
Fica então para dia 7? A que horas estareis por lá?

TVstar disse...

Ok Reverendo...vamos lá a ele (ao gelado,claro).
Combinarei a hora com a nossa Bugs ok? É que vai depender do serviço.