“Sem eira nem beira”
Canção dos Xutos transformada em manifesto contra Sócrates
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14.04.2009 - 21h46 São José Almeida, Maria José Oliveira
Quem conhecer a discografia dos Xutos & Pontapés sabe que o cariz de intervenção e alerta social marcaram sempre presença nas letras das músicas. Mas os membros desta banda nunca quiseram vestir a roupagem de “líderes de uma revolução política”, nem apoiam, enquanto colectivo, qualquer partido político, assegura Zé Pedro, guitarrista dos Xutos. Por isso, é com alguma surpresa que o grupo assiste à euforia em torno da canção “Sem eira nem beira”, que integra o novíssimo álbum Xutos & Pontapés, disco de originais que foi lançado na passada semana.
Interpretar esta faixa, cantada pelo baterista Kalu, como um hino contra as políticas do Governo socialista é "deturpar" a intenção do grupo. "Não há aqui alvos a abater", diz, em resposta ao facto de o refrão começar com a frase Senhor engenheiro, dê-me um pouco de atenção. "Não queremos fazer um ataque político a ninguém. A letra exprime mais um grito de revolta. E é um alerta para o estado da Justiça e para uma classe política em geral que, volta e meia, toma atitudes que deixam os cidadãos desamparados", justifica.
.Interpretar esta faixa, cantada pelo baterista Kalu, como um hino contra as políticas do Governo socialista é "deturpar" a intenção do grupo. "Não há aqui alvos a abater", diz, em resposta ao facto de o refrão começar com a frase Senhor engenheiro, dê-me um pouco de atenção. "Não queremos fazer um ataque político a ninguém. A letra exprime mais um grito de revolta. E é um alerta para o estado da Justiça e para uma classe política em geral que, volta e meia, toma atitudes que deixam os cidadãos desamparados", justifica.
4 comentários:
Será que sofreram "pressões"??
Onde é que eu já ouvi isto?!
Ou sofreram pressões ou previam sofrer represálias!
Como diz a Anabela, o dito dito está:
Senhor engenheiro
...
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar!
...ainda lhes retiram a comenda...
E volto a subscrever. O que está dito... dito está!
Não há hipótese!
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