Infelizmente, a participação de Santana Castilho na elaboração do Programa do PSD não me dá garantias de que o fraseado oco venha a corresponder a mediadas acertadas. Bem pelo contrário, o que o programa deixa bem claro não constitui boas notícias.
Porque me doem muitas coisas, entre elas as palavras, passo a citar a Decepção da Anabela, que subscrevo do princípio ao fim, por ser lúcida e clara como eu não sou capaz de ser agora.
DECEPÇÃO
Confesso que estava com medianas expectativas face ao programa do psd. Não pelas ideias que de lá sempre vieram nestas matérias da Educação, nomeadamente em matéria de gestão e de aprofundamento das relações perigosas entre escolas e autarquias, mas devido ao que a outros níveis foi sendo libertado, nomeadamente em termos de redução das gorduras nojentas do Estado e também devido à conjuntura tão especial que se vive por estes dias e que culminará no dia 5 de Junho. Este era o tempo das rupturas e pareceu-me que talvez, talvez! fosse possível fazer bem diferente, fazer bem melhor, romper, inovar.
Relativamente ao sector da Educação o programa do psd é um autêntico flop e as minhas expectativas esfumaram-se rapidamente à medida que o lia e que lia as opiniões que iam sendo produzidas pelo Guinote, com quem, nesta matéria, basicamente concordo.
O programa está aqui. Remeto os meus leitores para lá, até porque tem aspectos muito interessantes, francamente interessantes em outras matérias que não na Educação, para que possam fazer uma análise mais minuciosa. Se não estiverem para aí virados e não tiverem pachorra, em alternativa podem acompanhar as análises do Guinote que o está a dissecar, do Octávio Gonçalves que está mais do que decepcionado, do Ramiro Marques que está ainda a agarrar-se a pontos interessantes do programa como a formação de professores, importante, é certo, mas absolutamente laterais face a pontos tão gravosos como o aprofundamento deste modelo de gestão, com o qual eu não concordo, porque cresci profissionalmente no modelo democrático anterior que funcionava bem e que vi ser desmantelado com a imposição deste, mais dado à conflitualidade, que eu abomino, mais dado ao autoritarismo, que eu ainda abomino mais. Com que então vamos ter Super-Directores, até externos à Escola, com carreiras próprias?! Ah! Ah! Grandes novidades por aqui vão que não deixam de ser mais do mesmo, apenas cavado mais fundo, a minhoca escondida mais fundo.
E depois há aquela coisa da maior promiscuidade entre poder autárquico e escola que me deixa de pele arrepiada, arrepiada até ao tutano, face aos caciquismos locais... ai meus deuses, para onde caminhamos nós?
Confesso-me cansada. Ainda por cima depois de ter tratado este assunto em post que foi ao ar.
Chega. Já dei para este peditório.
Relativamente ao sector da Educação o programa do psd é um autêntico flop e as minhas expectativas esfumaram-se rapidamente à medida que o lia e que lia as opiniões que iam sendo produzidas pelo Guinote, com quem, nesta matéria, basicamente concordo.
O programa está aqui. Remeto os meus leitores para lá, até porque tem aspectos muito interessantes, francamente interessantes em outras matérias que não na Educação, para que possam fazer uma análise mais minuciosa. Se não estiverem para aí virados e não tiverem pachorra, em alternativa podem acompanhar as análises do Guinote que o está a dissecar, do Octávio Gonçalves que está mais do que decepcionado, do Ramiro Marques que está ainda a agarrar-se a pontos interessantes do programa como a formação de professores, importante, é certo, mas absolutamente laterais face a pontos tão gravosos como o aprofundamento deste modelo de gestão, com o qual eu não concordo, porque cresci profissionalmente no modelo democrático anterior que funcionava bem e que vi ser desmantelado com a imposição deste, mais dado à conflitualidade, que eu abomino, mais dado ao autoritarismo, que eu ainda abomino mais. Com que então vamos ter Super-Directores, até externos à Escola, com carreiras próprias?! Ah! Ah! Grandes novidades por aqui vão que não deixam de ser mais do mesmo, apenas cavado mais fundo, a minhoca escondida mais fundo.
E depois há aquela coisa da maior promiscuidade entre poder autárquico e escola que me deixa de pele arrepiada, arrepiada até ao tutano, face aos caciquismos locais... ai meus deuses, para onde caminhamos nós?
Confesso-me cansada. Ainda por cima depois de ter tratado este assunto em post que foi ao ar.
Chega. Já dei para este peditório.
3 comentários:
Excelente análise da situação "encalacrante" em que nos encontramos!!Já tinha visto na Ana bela. Fizeste bem em traze-lo para aqui EMD.
Ai angústia de falta de alternativas!!
Subscrevo quer o post quer o comentário da TVstar.
O que é que se faz quando a democracia que devia ser representativa não o é? O que fazer quando a população confunde informação com conhecimento?
Posto isto, bem aparecida seja EMD, que saudade já tinha de vós!
A partir do momento em que o comboio da insanidade se pôs em marcha com este governo, é vê-lo continuar a marcha para o abismo. Ito só nos deve alertar para o seguinte: estarmos atentos às eleições todas, intervir, opinar, VOTAR. Se ficarmos mudos e quedos, até nos põem a dar aulas com umas orelhas de burro!
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