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Outro olhar sobre o Sarau
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É tão inegável quanto de salientar que o sarau da escola, que anualmente sobe ao palco do Teatro Cine, é obra de gente (professores, alunos, pais, funcionários) voluntariosa, dedicada, trabalhadora, criativa e, sobretudo, amadora, no sentido mais etimológico possível.
Tendo em mente estas circunstâncias os saraus são sempre excelentes, embora, ao longo dos anos, tenha havido saraus muito bons, saraus bons e outros menos bons.
O sarau deste ano foi especial.
Desde logo, pelo excepcional número de actores envolvidos (ocasiões houve em que parecia que toda a escola estava no palco!).
Depois, pelos momentos de diversão, de emoção, de beleza estética e de aprendizagem, particularmente da nossa História mais recente.
Também pelo todo variado, inovador e criativo, dos textos ao cenário passando pelo guarda-roupa, e que guarda-roupa! Que mãos tem a D. Cristina!.
Mas, acima de tudo, porque este sarau foi preparado no decurso de um ano particularmente difícil, marcado por tensões profissionais e pessoais, despejadas no seio da escola por uma tutela Ministerial que crucificou os professores e, depois, lavou as mãos como Pilatos.
Em muitos momentos, ao longo do ano, tais tensões devem ter esgotado mais do que a própria tarefa de concepção do sarau, já de si árdua e hercúlea.
É bom que se saiba que a Leonor e a Zé não escolheram o caminho fácil do carreirismo, da submissão aos absurdos da avaliação, do medo dos processos disciplinares. Elas resistiram e resistem. Não hesitam na hora de manifestarem a sua discordância e agem em coerência com as palavras.
Elas fazem parte do grupo dos 29 que estão na origem deste campo de lírios, onde se pretende respirar ar livre, liberto de mesquinhos OIs e de medrosos uis.
Com elas subiram ao palco muitos outros resistentes, lírios e não lírios. Mas também muitos dos que foram capitulando no decorrer desta luta justa que os professores empreenderam. Na edificação deste espectáculo, que é sempre uma das faces públicas da escola, conseguiram esbater fricções, deitar alguma água fria na fervura, iniciar um processo de cicatrização de certas feridas profundas e sangrantes.
Não pretendo de modo algum desbotar o seu trabalho, nem tão pouco distorcê-lo. Bem pelo contrário: pela sua atitude profissional, vertical e generosa, elas são ainda mais merecedoras de aplausos.
Decididamente a História da ESCOLA merece professores destes, estes alunos, estes pais, estes funcionários. Esta tutela ministerial é que não é nem merecida nem merecedora.
Tendo em mente estas circunstâncias os saraus são sempre excelentes, embora, ao longo dos anos, tenha havido saraus muito bons, saraus bons e outros menos bons.
O sarau deste ano foi especial.
Desde logo, pelo excepcional número de actores envolvidos (ocasiões houve em que parecia que toda a escola estava no palco!).
Depois, pelos momentos de diversão, de emoção, de beleza estética e de aprendizagem, particularmente da nossa História mais recente.
Também pelo todo variado, inovador e criativo, dos textos ao cenário passando pelo guarda-roupa, e que guarda-roupa! Que mãos tem a D. Cristina!.
Mas, acima de tudo, porque este sarau foi preparado no decurso de um ano particularmente difícil, marcado por tensões profissionais e pessoais, despejadas no seio da escola por uma tutela Ministerial que crucificou os professores e, depois, lavou as mãos como Pilatos.
Em muitos momentos, ao longo do ano, tais tensões devem ter esgotado mais do que a própria tarefa de concepção do sarau, já de si árdua e hercúlea.
É bom que se saiba que a Leonor e a Zé não escolheram o caminho fácil do carreirismo, da submissão aos absurdos da avaliação, do medo dos processos disciplinares. Elas resistiram e resistem. Não hesitam na hora de manifestarem a sua discordância e agem em coerência com as palavras.
Elas fazem parte do grupo dos 29 que estão na origem deste campo de lírios, onde se pretende respirar ar livre, liberto de mesquinhos OIs e de medrosos uis.
Com elas subiram ao palco muitos outros resistentes, lírios e não lírios. Mas também muitos dos que foram capitulando no decorrer desta luta justa que os professores empreenderam. Na edificação deste espectáculo, que é sempre uma das faces públicas da escola, conseguiram esbater fricções, deitar alguma água fria na fervura, iniciar um processo de cicatrização de certas feridas profundas e sangrantes.
Não pretendo de modo algum desbotar o seu trabalho, nem tão pouco distorcê-lo. Bem pelo contrário: pela sua atitude profissional, vertical e generosa, elas são ainda mais merecedoras de aplausos.
Decididamente a História da ESCOLA merece professores destes, estes alunos, estes pais, estes funcionários. Esta tutela ministerial é que não é nem merecida nem merecedora.
4 comentários:
Muito bem. Gostei de ler.
Beijocas
Uma boa reflexão sobre o sarau e outras coisas! A Leonor e a Zé estão definitivamente de parabéns, especialmente por serem quem são! Queridas colegas, amigas e PROFESSORAS EXCELENTÍSSIMAS!O lírio negro da campos!
Muitos parabéns à Leonor e à Zé.
Todas as palavras serão poucas para elogiar uma festa tão bonita que, com tanto talento, esforço e empenho,estas nossas colegas conseguiram pôr de pé.
Para este tipo de acções que enaltecem e dão notoriedade à Escola é que deviam ser usados os malfadados (digo eu) Muito Bons e Excelentes. Afinal, isto sim vai para além da missão linear de qualquer professor.
Embora sendo repetitiva, aqui deixo o meu apreço às duas.
Estão de parabéns, todos vocês!
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