Gostámos!! Fica o convite: para quem conhece, vá de novo, para quem nunca foi…vá conhecer. Além disso…é a NOSSA SERRA.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A Serra da Estrela
Gostámos!! Fica o convite: para quem conhece, vá de novo, para quem nunca foi…vá conhecer. Além disso…é a NOSSA SERRA.
terça-feira, 6 de abril de 2010
"Tornar-se Pessoa"
Bem-haja, Luís, e parabéns pela sua escrita saborosa e certeira.
Persistiremos no sonho, mesmo que às vezes não o sonhemos tão colorido.
O meu modesto contributo para o alento que carecemos: TORNAR-SE PESSOA
Ser pessoa é tão difícil
É ser um ser tão diferente
É um estudo continuado
Que nunca está acabado
Seja homem ou mulher
É busca de perfeição
Na humana condição
de não ter o que se quer
Junta o sentir à razão
Num grande aperto de mão
Logo surgem os cansaços
Depressa se quebram os laços
O ser humano é assim
Às vezes quebra e insiste
Outras até desiste
E nunca atinge o seu fim
Embora se mude sempre
Até sem ter que mudar
Decerto pouco se alcança
Ao se deixar de sonhar
E quem sonhar com a razão
Mesmo que isso lhe doa
É com certeza diferente
Dá novo aperto de mão
Deixando assim de ser gente
para se tornar PESSOA!
domingo, 4 de abril de 2010
Pranto pelo dia de hoje
Pranto pelo dia de hoje
Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que não podem sequer ser bem descritas.
Sophia de Mello Breyner Andresen - Livro Sexto
Haverá Ressureição?
Quando é que vamos ressuscitar?

sábado, 3 de abril de 2010
Não me apetece fazer anos...
Há mais de um mês que me enviaram flores, me dedicaram música me enviaram de longe os parabéns... e eu? nada!
Foi um aniversário miserável: sem energia e sem humor, enfiada em vale de lençóis com um vírus A, ou B, ou C, por companhia; lá fora uma invernia terrível. Apetecia-me lá fazer anos!
Entretanto, a virose deu de frosques, mas a vida não deu tréguas: o tempo a esgotar-se em coisas com pouco sentido, a escola uma loucura; um país mais decadente do que eu; um mundo de vómito! Continua a não me apetecer fazer anos!
Para os queridos amigos Reverendo, TVStar, Anabela, Dudú e Em@ um abraço e um muito abrigada, mesmo!
Boa Páscoa e bom repouso. Sobretudo, sem pensar demasiado no que nos espera no terceiro período...
"O Valioso Tempo dos Maduros"
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Mário de Andrade
Nota: Não resisti a postar este poema lindo que em tudo nos retrata (aos da minha geração). À minha amiga Olga que, em dia de aniversário, mo enviou, um abraço muiiiito grande.
Para mim, também basta o essencial! E o essencial são os amigos e a família!!
FELIZ PÁSCOA!!

terça-feira, 23 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Não importa a morte... o ‘prof’ até era louco!
O 'i' coloca o 9B no centro deste caso, escrevendo que os problemas do malogrado professor tinham como foco insultos dentro da sala de aula, situações essas que motivaram sete participações à direcção da escola, que em nada resultaram.
E à boa maneira portuguesa, lá veio o director regional de Educação de Lisboa desejar que o inquérito instaurado na escola de Fitares esclareça este caso. Mas também à boa maneira deste país, adiantou que o docente tinha uma 'fragilidade psicológica há muito tempo'.
Só entendo estas afirmações num país que, constantemente, quer enveredar pelo caminho mais fácil, desculpando os culpados e deixar a defesa para aqueles que, infelizmente, já não se podem defender.
É assim tão lógico pensarmos que este senhor professor, por ter a tal fragilidade psicológica, não precisaria de algo mais do que um simples ignorar dos sete processos instaurados àquela turma e que em nada deram? Pois é. O ‘prof’ era maluco, não era? Por isso, está tudo explicado.
A Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), à boa maneira portuguesa, colocou psicólogos na tal turma com medo que haja um sentimento de culpa. E não deveria haver? Não há aqui ninguém responsável pela morte deste professor? Pois é, era maluco, não era?
José Joaquim Leitão afirmou que os meninos e meninas desta turma devem ser objecto de preocupação para que não haja traumas no futuro. 'Temos de nos esforçar para que estas situações possam ser ultrapassadas. Trata-se de jovens que são na sua generalidade bons alunos e que não podem transportar na sua vida uma situação de culpa que os pode vir a condicionar pela negativa', afirmou.
Toca a tomar conta dos meninos e meninas porque não pode haver um sentimento de culpa. É verdade! O ‘prof’ era louco, não era?
Não estou a dizer que haja aqui uma clara relação causa-efeito. Mas alguma coisa deve haver. Existem documentos para analisar, pessoas a interrogar, algumas responsabilidades a apurar. Por isso, neste 'timing', a reacção da DREL é desequilibrada. Só quem não trabalha numa escola ou não lida com o ambiente escolar pode achar estranho (colocando de lado a questão do suicídio em si) que um professor não ande bem da cabeça pelos problemas vividos dentro da sala de aula em tantas escolas deste país.
Não se pode bater nos meninos, não é? Os castigos resultantes dos processos disciplinares instaurados aos infractores resultam sempre numa medida pedagógica, não é? Os papás têm sempre múltiplas oportunidades para defenderem os meninos que não se portaram tão bem, não é? É normal um aluno bater no professor, não é? É normal insultar um auxiliar, não é? É normal pegar fogo à sala de aula ou pontapear os cacifes, não é? É normal levar uma navalha para o recreio, não é? É também normal roubar dois ou três telemóveis no balneário, não é? E também é normal os professores andarem com a cabeça num 'oito' por não se sentirem protegidos por uma ideia pedagógica de que os alunos são o centro de tudo, têm quase sempre razão, que a vida familiar deles justifica tudo, inclusive atitudes violentas sobre os colegas a que agora os entendidos dão o nome de 'bullying'?
De que valem as obras nas escolas, os 'Magalhães', a educação sexual, a internet gratuita ou os apelos de regresso à escola, uma espécie de parábola do 'Filho Pródigo' do Evangelho de São Lucas (cap.15), se as questões disciplinares continuam a ser geridas de forma arcaica, com estilo progressista, passando impunes os infractores?
Só quem anda longe do meio escolar é que ficou surpreendido com o suicídio do pequeno Leandro ou com o voo picado para o Tejo do professor de Música. Nas escolas, antigamente, preveniam-se as causas. Hoje, lamentam-se, com lágrimas de crocodilo, os efeitos. O professor era louco, não era? Tinha uma clara fragilidade psicológica, não tinha? Pobre senhor. Se calhar teve o azar de ter que ganhar a vida a dar aulas e não conheceu a sorte daqueles que a ganham a ditar leis do alto da sua poltrona que, em nada, se adequam à realidade das escolas de hoje."
Nota: Não encontro palavras para comentar..... mas SINTO O DEVER DE DIVULGAR.
segunda-feira, 15 de março de 2010
"HONESTIDAD"
Nota: Muiiiiito bem "nuestros hermanos"!! Excelente filme para ensinar e responsabilizar OS PAIS. ADOREI!!
sábado, 13 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Frágil!
Digam lá que não merecemos uns açoites!?
Insistem em fazer visitas de estudo.
E porque é que isso é prova de tontice me perguntareis vós?
Ora não se vê logo, pergunto eu?
1. Tudo pode acontecer desde os alunos se portarem como é usual , a algum se desviar do percurso e perder-se ou até haver algum acidente.
2. Corresponde a muito mais que oito horas de trabalho.
3. Não só não recebemos horas extraordinárias, nem "descontamos" as horas sequer em tempos não lectivos, como TEMOS QUE REPOR AS HORAS EM QUE FALTÁMOS ÀS OUTRAS AULAS!!! Horas essas em que estivemos sessenta minutos em cada hora a trabalhar.
4. Passamos por GAZETEIROS perante os pais dos alunos das turmas que não foram à visita e a quem só importa que as suas crianças não tiveram a aula que era suposto.
5. Passamos por GAZETEIROS perante a maioria do pais dos alunos que foram. (Escusam de negar, para muitos alunos até pode ser interessante mas é visto como um "passeio", logo pelos pais também).
6. Temos que fazer um projecto, organizar e avaliar a visita....
Avaliar???
Como é que se avalia uma coisa dessas?
Fazemos uma prova de avaliação no final para ver se os alunos se lembram do que o guia disse? Do percurso?
Das épocas, das matérias ou conteúdos que até se devem ter trabalhado nas aulas?
Gostou/Não gostou da visita? Cruzinha...
Pois, ninguém precisa de no-los dar, nós açoitamo-nos o suficiente...
Agora tenham a lata de dizer que não somos tontos.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Deputados na Suécia - ISTO É UM BOM EXEMPLO!!
Nota: Pois é!! Há diferenças ENORMES que, de tão enormes, chegam a ser inatingíveis!! Obrigada pelo link, Luís.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Que geração estamos a criar?
PUBLICO.PT
Contra a escola-armazém
Daniel Sampaio
Merece toda a atenção a proposta de escola a tempo inteiro (das 7h30 às 19h30?), formulada pela Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap). Percebe-se o ponto de vista dos proponentes: como ambos os progenitores trabalham o dia inteiro, será melhor deixar as crianças na escola do que sozinhas em casa ou sem controlo na rua, porque a escola ainda é um território com relativa segurança. Compreende-se também a dificuldade de muitos pais em assegurarem um transporte dos filhos a horas convenientes, sobretudo nas zonas urbanas: com o trânsito caótico e o patrão a pressionar para que não saiam cedo, será melhor trabalhar um pouco mais e ir buscar os filhos mais tarde.
Ao contrário do que parecia em declarações minhas mal transcritas no PÚBLICO de 7 de Fevereiro, eu não creio à partida que será muito mau para os alunos ficar tanto tempo na escola. Quando citei o filme Paranoid Park, de Gus von Sant, pretendia apenas chamar a atenção para tantas crianças que, na escola e em casa, não conseguem consolidar laços afectivos profundos com adultos, por falta de disponibilidade destes. É que não consigo conceber um desenvolvimento da personalidade sem um conjunto de identificações com figuras de referência, nos diversos territórios onde os mais novos se movem.
O meu argumento é outro: não estaremos a remediar à pressa um mal-estar civilizacional, pedindo aos professores (mais uma vez...) que substituam a família? Se os pais têm maus horários, não deveriam reivindicar melhores condições de trabalho, que passassem, por exemplo, pelo encurtamento da hora do almoço, de modo a poderem chegar mais cedo, a tempo de estar com os filhos? Não deveria ser esse um projecto de luta das associações de pais?
Importa também reflectir sobre as funções da escola. Temos na cabeça um modelo escolar muito virado para a transmissão concreta de conhecimentos, mas a escola actual é uma segunda casa e os professores, na sua grande maioria, não fazem só a instrução dos alunos, são agentes decisivos para o seu bem-estar: perante a indisponibilidade de muitos pais e face a famílias sem coesão onde não é rara a doença mental, são os promotores (tantas vezes únicos!) das regras de relacionamento interpessoal e dos valores éticos fundamentais para a sobrevivência dos mais novos. Perante o caos ou o vazio de muitas casas, os docentes, tantas vezes sem condições e submersos pela burocracia ministerial, acabam por conseguir guiar os estudantes na compreensão do mundo. A escola já não é, portanto, apenas um local onde se dá instrução, é um território crucial para a socialização e educação (no sentido amplo) dos nossos jovens. Daqui decorre que, como já se pediu muito à escola e aos professores, não se pode pedir mais: é tempo de reflectirmos sobre o que de facto lá se passa, em vez de ampliarmos as funções dos estabelecimentos de ensino, numa direcção desconhecida. Por isso entendo que a proposta de alargar o tempo passado na escola não está no caminho certo, porque arriscamos transformá-la num armazém de crianças, com os pais a pensar cada vez mais na sua vida profissional.
A nível da família, constato muitas vezes uma diminuição do prazer dos adultos no convívio com as crianças: vejo pais exaustos, desejosos de que os filhos se deitem depressa, ou pelo menos com esperança de que as diversas amas electrónicas os mantenham em sossego durante muito tempo. Também aqui se impõe uma reflexão sobre o significado actual da vida em família: para mim, ensinado pela Psicologia e Psiquiatria de que é fundamental a vinculação de uma criança a um adulto seguro e disponível, não faz sentido aceitar que esse desígnio possa alguma vez ser bem substituído por uma instituição como a escola, por melhor que ela seja. Gostaria, pois, que os pais se unissem para reivindicar mais tempo junto dos filhos depois do seu nascimento, que fizessem pressão nas autarquias para a organização de uma rede eficiente de transportes escolares, ou que sensibilizassem o mundo empresarial para horários com a necessária rentabilidade, mas mais compatíveis com a educação dos filhos e com a vida em família.
Aos professores, depois de um ano de grande desgaste emocional, conviria que não aceitassem mais esta "proletarização" do seu desempenho: é que passar filmes para os meninos depois de tantas aulas dadas - como foi sugerido pelos autores da proposta que agora comento - não parece muito gratificante e contribuirá, mais uma vez, para a sua sobrecarga e para a desresponsabilização dos pais.
© Copyright PÚBLICO Comunicação Social SA
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Que neura!
Passamos o tempo a “dar nas orelhas” aos nossos jovens para eles NUNCA darem informações que sejam passíveis de os identificar, depois encontramos blogs onde, para deixar um comentário, é-nos pedidos que deixemos o nosso nome. É verdade que qualquer um pode inventar um nome, mas que quereis, a mentira dá-me urticária, a mentira inútil também, e a mentira idiota, como esta, solicitada, ainda mais.
Não me aquece nem me arrefece não comentar, mas estas incongruências de “faças como eu digo e não faças como eu faço” põem-me a bufar!
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Friends will be Friends
Para a Bugs!!
Como não estive cá no dia 15 (dia do seu aniversário), aqui fica hoje este "imortal" tema dos Queen.
À nossa amizade!! Que ela seja , também, "imortal"!!
Muitos e longos anos de vida, amiga!!
Abracinho!!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Feliz aniversário Bugs!!
Ó para "mim" tão angêlico!
- Ora não está mesmo à vista?? ;-)
Fernando Nobre

O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, vai candidatar-se à Presidência da República, confirmou à Lusa fonte ligada à candidatura.
Lusa
O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, vai candidatar-se à Presidência da República, confirmou à Lusa fonte ligada à candidatura.
O anúncio será feito sexta feira, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, às 20h00m
Fernando Nobre encontra-se actualmente no Senegal. Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre nasceu em Luanda em 1951, mudando-se para o Congo com 13 anos.Três anos depois foi para Bruxelas, onde estudou e residiu até 1985, partindo depois para Portugal.
Doutor em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi Assistente (Anatomia e Embriologia) e Especialista em Cirurgia Geral e Urologia, Fernando Nobre foi administrador dos Médicos Sem Fronteiras - Bélgica e fundou, em Portugal, a AMI - Assistência Médica Internacional, à qual ainda preside.
Como cirurgião participou em mais de 250 missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária em mais de 70 países de todos os continentes.
Pai de quatro filhos, Fernando Nobre participou na Convenção do PSD, em 2002.
Quatro anos depois, foi membro da Comissão de Honra e da Comissão Política da candidatura de Mário Soares à Presidência da República, em 2006.
Nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, em Junho de 2009, foi mandatário nacional para a campanha do Bloco de Esquerda.
Ainda em 2009, foi membro da Comissão de Honra da candidatura de António d'Orey Capucho à presidência da Autarquia de Cascais, em 2009.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
A indisciplina nas escolas (vista por F. Savater)
Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os', acusa.
'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha.
Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.
'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.
'Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia', afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.
Nota: Aí está o que temos vindo a dizer,....de há muito a esta parte!!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Como se pode confiar neles?
O que ontem foi revelado em Portugal não pode, no entanto, ser recebido com mais um encolher de ombros. Os indícios são de tal forma graves que, se confirmados, tornam a democracia portuguesa uma farsa e o estado de direito um devaneio lírico. Cansado de tantas suspeitas, informações, denúncias ou críticas sobre a relação entre José Sócrates e a liberdade de imprensa, o país já fica imune a qualquer nova que o associe ao condicionamento de jornalistas ou a pressões sobre televisões. Mesmo quando, como agora acontece, essa acção é valorizada por magistrados e exposta em telefonemas de personagens do PS que constantemente invocam o seu nome. Ou quando esses telefonemas não aludem a uma exasperação acidental num restaurante, mas a um plano premeditado, que envolve conspiração nos bastidores e imposição a empresas nas quais o Estado tem uma golden share.
Mas se a acção atribuída a José Sócrates nos leva para a imaginação de Hollywood, a reacção do poder judicial transporta-nos para uma ditadura africana. Haverá sempre quem procure situar a acção de Pinto Monteiro e de Noronha Nascimento no domínio das restrições processuais. Mas evite-se a polémica das interpretações jurídicas e tente-se perceber o que levou o presidente do Supremo a transformar os "graves indícios" dos magistrados de Aveiro em dados "irrelevantes". Ou o que fez Pinto Monteiro desvalorizar as escutas, ao ponto de dizer que, por ele, mostrava tudo para acabar com os mexericos - coisa que nunca fez.
Pode ser que muitas escutas, a maior parte até, se limitem a comentários sobre o estado do tempo. Mas depois de se ler as que ontem foram divulgadas, é difícil não reconhecer razão aos magistrados de Aveiro. O que elas mostram é, no mínimo, uma série de "fortes indícios" sobre a existência de um plano que configura um atentado ao estado de direito. No seu fluxo, percebe-se que os protagonistas que invocavam o nome do primeiro-ministro na operação para calar a TVI sabiam do que falavam. E, principalmente, pode-se estabelecer um nexo de causalidade entre as acções que planeavam e o que veio a acontecer: a PT fez o que eles disseram que Sócrates queria que a PT fizesse, José Eduardo Moniz saiu como eles disseram que deveria sair e, acto final, Manuela Moura Guedes foi calada como eles quiseram que fosse calada.
Se o que se diz do primeiro-ministro reforça apenas uma suspeita antiga, a facilidade com que Pinto Monteiro e Noronha Nascimento remeteram para o arquivo os indícios que lhes chegaram de Aveiro merece maior preocupação. Com esta etapa, a intolerância de Sócrates para com a liberdade de imprensa não se revela - apenas se adensa; já os receios de que o princípio da separação de poderes está em Portugal ameaçado pelo desempenho dos principais magistrados do país ganham uma nova e substantiva força. Por muito que falem e se expliquem com alíneas e jurisprudência, será agora mais difícil fazer parte do país acreditar na sua independência face ao poder político. As suspeitas valem o que valem, mas, no caso, valem o suficiente para minar a credibilidade do estado de direito. A sua demissão seria um bálsamo para este país doente.
http://jornal.publico.clix.pt/noticia/06-02-2010/como-se-pode-confiar-neles-18745315.htm
Comentário
Por Manuel Carvalho
domingo, 7 de fevereiro de 2010
A SOLIDARIEDADE MARGINAL
O problema agora é outro, de índole diferente, a acontecer com cada vez mais frequência intra-muros, aqui e ainda agora.
Referimo-nos aos tiques de tentação totalitária já por diversas vezes manifestados por quem usa a mais almofadada cadeira do poder, tentação que tende a escorregar para o vício se para tal não houver travão.
Mas há!
Felizmente há sempre quem seja suficientemente lúcido, ético, capaz, corajoso, íntegro, profissional e incómodo para analisar e não calar a sua análise no estrito uso da palavra escrita e falada – uso esse a que tem pleno direito em Democracia – como opinião, ainda que não poucas vezes dissonante.
O desassombrado comportamento de tal tipo de pessoas (infelizmente poucas), embora nada tenha de errado à luz da normalidade social, constitui na realidade um travão aos ditos tiques de tentação totalitária e, pondo-nos do lado de quem usa a mais almofadada cadeira do poder, um perigoso muro de contenção para a obtenção dos desígnios que facilmente se adivinham.
Por isso se tornam incómodas ao ponto de serem tidas como insuportáveis, sendo então necessário recorrer a artifícios de pátio siciliano para as banir.
Apesar das nossas insuficiências e incongruências ancestrais, cremos como povo sofrido ser merecedores de melhor sorte.
Por isso Mário Crespo pode contar com a nossa solidariedade, pública e sem peias. Estamos prontos a ser considerados de mente doente, a ser marginalizados, a enfrentar cercos de vária ordem.
Contudo, permitimo-nos deixar também publicamente uma reflexão:
Se formos de facto solidários, juntarmos as nossas vozes livres e aprendermos a ser firmes sem perda de dignidade, podem estar certos que deixaremos de ser nós os candidatos a marginalizados.
Luís Silva Rosa
(Fev. /2010)
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A História da Grande Torre I
Nesse ano (quando ainda havia tempo para "estas coisas") fiz uma adaptação e encenação de uma história de Augusto Cury e ensaiei a minha Direcção de turma de então (um terrível 9ºC ).
Foi um trabalho muiiiiito gratificante, pois consegui envolver uma turma inteira ( de irrequietos ) numa homenagem aos Professores e aos Pais.
A Representação foi feita no Sarau da Escola desse ano.
A adaptação em Movie Maker para projecção em simultâneo com a representação, foi esta:
Texto:Augusto Cury
Adaptação: Ana Maria Moura
Recordar é viver!!
A História da Grande Torre II
Representação: A turma do 9º C de 2007
Fotos dos "artistas"em palco: O Psiquiatra; O Juíz; O Representante das Forças Armadas ( no podium). A "Grande Torre" (atrás) construída pelos próprios alunos, na aula de Ed. Visual, com a colaboração da professora.
Os alunos com os computadores ( feitos também por eles), na cena em que se pretendia substituír os professores por computadores!!!....(como se isso fosse possível!)
Recordar é viver!!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
O texto de Mário Crespo que não foi publicado

O Fim da Linha
Mário Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento.
O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa.
Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal.
Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o.
Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos.
Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados.
Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre.
Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009.
O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu.
O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”.
O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”.
Foi-se o “problema” que era o Director do Público.
Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu.
Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicado ontem (1/2/2010) na imprensa.
E assim....vai-se andando!!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
TRALHA QUE ATRAPALHA
Não há um único professor no país que não saiba qual é a tralha que atrapalha.
Até os inspectores - guardiões da tralha que atrapalha - sabem qual é a tralha que atrapalha.
Até os burocratas que trocaram a sala de aula pelas equipas de "apoio" às escolas sabem qual é a tralha que atrapalha.
E até mesmos os aposentados que integram o CCAP sabem qual é a tralha que atrapalha. Não porque conheçam a realidade das escolas - já que fugiram delas em bom tempo - mas porque ouviram falar da tralha que atrapalha.
Mas, admitindo que haja algumas almas bem intencionadas, embora ignorantes, nas equipas de avaliação externa das escolas, no CCAP, nas equipas de "apoio" às escolas, na DGRHE ou nas DRE, deixo aqui a lista da tralha que atrapalha:
Os projectos curriculares de escola. Não servem para nada: só atrapalham sobretudo porque há quem os altere todos os anos. Já contaram as milhares de horas perdidas pelas equipas e comissões permanentes de revisão dos projectos curriculares de escola e dos projectos educativos de escola?
Os projectos curriculares de turma. Servem para alguma coisa? Sim: para perder tempo.
Os planos de recuperação. Servem para quê? Socializar os prejuízos e privatizar os benefícios. Desculpabilizar e construir sucesso educativo de forma fraudulenta.
Os planos de acompanhamento. Idem.
Os planos de "melhoramento". Idem.
Os relatórios sobre os planos de recuperação e de "melhoramento" (sic). Idem. Monumentos à novilíngua e à trafulhice pedagógica.
Acabem com a tralha que atrapalha. A opinião pública compreenderá que a talha que atrapalha é nociva ao ensino.
Gostava de ouvir os responsáveis do ME a falar na redução ou eliminação da tralha que atrapalha. Não ouço. A tralha que atrapalha obedece ao plano.
In Prof blog.org – Ramiro Marques 06-01-10
A PRESCRIÇÃO
Por isso, Portugal foi ao médico. Foi uma consulta demorada, exaustiva. Foi visto dos pés à cabeça e logo ali, mesmo sem recorrer aos meios auxiliares de diagnóstico, encontraram-lhe uma porção de maleitas.
Desde sinais epidérmicos preocupantes a quistos sebáceos e não só alojados um pouco por todo o lado, desde arranhões infectados por falta de limpeza a feridas mal curadas por desleixo e ignorância, havia um pouco de tudo, um manancial de evidências que faz as delícias de qualquer grupo de estagiários de medicina.
Contudo, olhando para o aspecto geral do paciente, concluiu-se haver algo mais, mais profundo e grave. O ar macilento com que se apresentou, facilmente deixou adivinhar que internamente as coisas ainda estão piores do que à vista desarmada.
Constatado este quadro, enviaram-no rapidamente para o estrangeiro – célebre pelos seus muitos recursos – onde, fazendo jus à sua fama, foram efectuados os exames apropriados tendo-se chegado com exactidão ao resultado que pela aparência já se antevia:
Deformação extensa da coluna vertebral provocada por vícios de postura, deficiente sistema alimentar e descompensação no exercício de forças; anemia generalizada em virtude da ingestão de alimentos pobres em ferro e uso prolongado de capilé; cataratas em fase adiantada de progressão dispensando portanto o enraizado hábito de se atirar poeira para os olhos; sistema imunitário enfraquecido devido ao uso e abuso de ópios vários; tumor cerebral de difícil acesso, a justificar parcialmente a inevitabilidade de comportamentos atípicos e desequilibrados.
Curiosamente, o coração é o órgão mais resistente até ao momento, sendo aliás o responsável pelo funcionamento – ainda que deficiente – deste belo, triste e maltratado País que dá pelo nome de Portugal.
Foi-lhe recomendada uma mudança radical de estilo de vida, essencial para a sua sobrevivência, porque, a continuar assim, não aguentará por muito mais tempo, sendo então forçoso o coma induzido para evitar uma morte certa.
Foi-lhe ainda prescrito um tratamento prolongado, sério, para levar a preceito, à base de EDUCAÇÃO, medicamento largamente testado e aplicado com êxito em diversos países.
Para quem desconhece ou para quem tem a memória curta, a educação – se administrada convenientemente – só traz vantagens:
Tomada preventivamente reforça todo o sistema imunitário evitando doenças de várias etiologias e quando, ainda assim elas aparecem (por vezes com surtos epidémicos) o organismo tem a necessária resistência para as enfrentar como um mal episódico, não dando azo aos chamados efeitos colaterais nem danificando – por vezes irremediavelmente – quaisquer órgãos vitais.
Tomada curativamente, mercê do seu complexo vitamínico e do seu potencial regenerador, vai pouco a pouco fortalecendo o paciente enfraquecido alargando-lhe o campo de acção e estimulando igualmente a força anímica.
Concluindo, a EDUCAÇÃO é um produto natural, sem qualquer contra-indicação e que, para a vida, pode e deve fazer parte da dieta alimentar das pessoas. É uma fonte de saúde, individual e pública.
Feita a prescrição, este belo, triste e maltratado País que dá pelo nome de Portugal, tem nas suas mãos a oportunidade de aviar a receita e fazer o tratamento como recomendado.
Aos portugueses, e a mais ninguém, cabe decidir.
PRECAUÇÃO: Como qualquer medicamento, a EDUCAÇÃO deve ser tomada com regras, pois o seu uso aleatório ou descontrolado pode causar efeitos indesejáveis tais como, ilusão, tonturas, vómitos, diarreia, desorientação e até manifestações de violência. Aconselha-se a sua prescrição por técnicos de reconhecida idoneidade e a aplicação vigiada pelos familiares próximos e pessoal competente nas clínicas da especialidade.
Luís Silva Rosa
(Dez. /2009)
domingo, 24 de janeiro de 2010
My Sweet Lord
Na guitarra acústica Eric Clapton, na guitarra elétrica o filho de George Harrison, ao piano Paul McCartney, na primera bateria Ringo Star, na segunda bateria Phill Collins, e na segunda guitarra elétrica Tom Petty, ao órgão e interpretando a primeira voz o incrível Billy Preston. Entre as vocalistas do coro esta Linda Eastman, esposa de Paul McCartney.
Também estavam presentes nesse concerto:
Bob Dylan, Ravi Shankar, Jethro Tull e um número enorme de amigos e colegas dos Beatles, assim como todo grupo 'The Cream' de Eric Clapton. Todos um pouco gordos e enrugados, mas encarnando o melhor do melhor, representativo dos anos 70.
Billy Preston chegou a ser conhecido como o quinto Beatle; foi ele que sempre tocou o piano e o órgão em todas as gravacões dos Beatles.
Simplesmente Maravilhoso!!!
domingo, 10 de janeiro de 2010
Brrrrr!
O tempo está gelado, tão gelado, como gelado fiquei com este acordo de princípios.
Uma vez mais, se agradece ao Paulo Guinote a partilha.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Salvar o Tâmega
Petição Anti-Barragem - Salvar o Tâmega e a Vida no Olo.
e se concordar, assine.
O Tâmega e o Olo agradecem!
Apelo daqui
domingo, 3 de janeiro de 2010
Mudança e Permanências
A desdita educativa está aí para durar. O jardim à beira-mar plantado continua à deriva. Os dias mantém-se cinzentos e tristes.
Que outra atitude se pode tomar perante a desgraceira? Ignorar? Calar? Fazer de conta que está tudo "porreiro pá"?
Por isso adopto esta campanha pelo Tâmega, no sentido em que onde se lê Tâmega se leia o nome dos rios deste país, dos rios desta Terra, que urge salvar.
Perdoa-me, Anabela, pelo desvirtuar da intenção, se é que o há.
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Quase em cima da passagem...
será? será? será?
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
O palhaço
O palhaço é inimputável.
De: Mário Crespo
O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço.
Mário Crespo
Nota: Mário Crespo!! Que coragem! O jornalista sem medo!!
É com homens e mulheres assim que um País consegue salvar a sua honra!!
domingo, 27 de dezembro de 2009
Parabéns, Reverendo Bonifácio!
Na impossibilidade de falar a língua dos da sua espécie, encontrei no "Tube" um seu igual a cantar em língua humana, ainda que inglês.
Que tenha um dia feliz, muito feliz, na companhia de quem mais desejar. E que se repita por muitos e melhores anos do que este que vivemos.
Um afago carinhoso nesse pêlo lustroso e fugidio.
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Feliz Natal
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Está em marcha mais uma aberração
Uma série de questões se me coloca. Por economia de tempo, vou às que reputo de mais importantes. Avanço também as respostas que a prática de anos me dita. Oxalá estivesse enganada.
1-Que é da avaliação do programa em vigor?
Que eu saiba não existe, como nunca existiu por parte das várias tutelas da Educação uma avaliação das sucessivas reformas que foram implementando.
2- Então por que é que se muda de programa se não se provou a ineficácia do que está ainda em vigor?
Ah, porque sim! Ok, estamos conversados!
3- E desta vez, vai manter-se o reformismo curto e manco, que apenas mexe no programa e não vê tudo o resto?
Pois parece que sim. E lá teremos nós, alunos e professores, de nos esgadanhar para cumprir o impossível.
Mas ainda vamos a tempo de reagir.
Este abaixo-assinado sobre o "Trabalho Laboratorial (Português EB)" reivindica a melhoria das condições de trabalho para a concretização do programa de Língua Portuguesa do Ensino Básico, nomeadamente o desdobramento das turmas, à semelhança do que se faz nas outras disciplinas de laboratório.
Leia e, se concordar (quem não concordará?), assine e divulgue.
Eu já o fiz.
Aqui fica o link à disposição:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5294
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Desafio... natalício ou não
Está mais alguém em casa?
Assim às pressas, eis as minhas respostas... mas só sobre o Natal.
1. Eu já... vivi muitos Natais sem Dezembro e alguns Dezembros sem Natal.
2. Eu nunca... esquecerei o rosto inocente do meu filho a olhar para o céu falando com um menino.
3. Eu sei... que a magia do Natal não é tão mágica assim.
4. Eu quero... guardar a réstia de esperança de que o homem há-de transformar em Natais todos os dias do ano.
5. Eu sonho... com um mundo mais fraterno, doce, justo e, vá lá um pouquinho de egoísmo, com tempo para sermos fraternos, doces e justos.
6. Eu prometo... nada para este Natal, para não falhar tudo.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
GASTOS DE INVERNO
Neste Inverno, dá vontade de trocar o v pelo f. Não porque sejamos pessimistas, pelo contrário, procuramos antes levar a vida pela positiva, encarar as contrariedades com naturalidade, resolver o que é resolúvel e aceitar com bonomia o inevitável.
No entanto, quando aos rigores próprios da Natureza, se juntam os desmandos impróprios das pessoas – citando Shakspeare – “algo está podre no reino da Dinamarca”.
Atravessamos a quadra natalícia e, embora as autarquias deste País tivessem iluminado as ruas das respectivas urbes, o facto é que não conseguiram iluminar também os corações dos cidadãos. Estes continuam às escuras, meio desorientados, e não se vislumbra no horizonte candeia que os aqueça e alumie.
Vive-se na ilusão das coisas, no adiamento permanente de possíveis soluções na expectativa que “isto melhore”.
Recusamo-nos repetidamente a assumir e enfrentar a realidade, porque nos habituámos a viver segundo os nossos desejos e não segundo as nossas posses. Agarrámos na vida leve do crédito como num elástico que fomos esticando e, à força de repetir o gesto, automatizámos o movimento sem a consciência dos custos acrescidos.
Deste modo, o endividamento foi (e vai) crescendo na razão inversa dos nossos recursos (cada vez mais escassos), correndo o risco de um dia destes o elástico nos rebentar nas mãos.
Neste momento somos, perante toda uma Europa de que nos reclamamos parceiros, o exemplo acabado de como não se deve ser.
Como nos deixámos chegar a este estado? A (s) resposta (s) não é (são) simples. Resulta (m) de um conjunto de circunstâncias históricas que, entrosadas na lusa mentalidade, formaram a teia que nos enredou.
O regime democrático a que (finalmente) acedemos trouxe-nos a ilusão do milagre das rosas. Ansioso que estava, o País entrou na euforia da liberdade, abusou das suas virtudes e distraidamente ficou prisioneiro dos seus vícios.
Desgraçadamente, impingiram-lhe a liberdade como sendo a árvore das patacas e acreditou. Desgraçadamente, confundiu a árvore com a floresta, e tomou a ilusão com a crença de ingerir a realidade.
Os sucessivos governos ajudaram a cimentar a ilusão. Também são co-responsáveis por omissão.
Voluntariamente ou não, demitiram-se da função prioritária de estudar, regulamentar e esclarecer o uso responsável da liberdade, deixando que o laxismo se fosse paulatinamente instalando, antes apostando na modernização a qualquer preço sem a contrapartida da construção estrutural para o exercício capaz da cidadania.
O resultado tem sido a cavalgada da fuga para frente… em direcção não se sabe bem a quê. Talvez a um mar de imensos sacrifícios que só uma (por enquanto inexistente) política de autenticidade possa atenuar.
A prenda de Natal para os portugueses não constituiu surpresa. Com a voracidade de quem parte para a última refeição, consumimos a montanha do crédito até ao arroto final.
No nosso frágil sapatinho, e sem pezinhos de lã, instalou-se a crise… que vai ter um próspero 2010.
Neste Inverno, dá mesmo vontade de trocar o v pelo f.
Luís Silva Rosa
Nota: A lucidez, a sensibilidade e o poder de crítica do nosso amigo e colaborador Luís Silva Rosa…não estão, com toda a certeza, em crise!
Obrigada Luís! Excelente "Retrato do Natal Português".
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Trafulhice segundo MEDINA CARREIRA
Programa Novas Oportunidades é “trafulhice”, diz Medina Carreira
09h26m
Antigo ministro das Finanças critica o programa Novas Oportunidades. "Enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução", acusou.
Convidado da tertúlia "125 minutos com...", que decorreu no Casino da Figueira da Foz, ontem, terça-feira, Medina Carreira disse ainda que a educação em Portugal "é uma miséria" e que as escolas produzem "analfabetos".
"[O programa] Novas Oportunidades é uma trafulhice de A a Z, é uma aldrabice. Eles [os alunos] não sabem nada, nada", argumentou Medina Carreira.
Para o antigo titular da pasta das Finanças a iniciativa dos Ministérios da Educação e do Trabalho e da Solidariedade Social, que visa alargar até ao 12.º ano a formação de jovens e adultos, é "uma mentira" promovida pelo Governo.
"[Os alunos] fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora. E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano [de escolaridade]. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução", acusou.
As críticas de Medina Carreira estenderam-se aos estudantes que saem das escolas "e não sabem coisa nenhuma".
"O que é que vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga", frisou.
Defendeu um regime educativo "exigente, onde se aprenda, porque os empresários querem gente que saiba".
Questionado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, anfitriã da tertúlia, sobre a avaliação de professores, Medina Carreira classificou-a de "burrice".
"Se você não avalia os alunos, como vai avaliar os professores?", inquiriu.
Admitiu, no entanto, que os professores terão de ser avaliados, desde que exista "disciplina nas aulas, o professor tiver autoridade, programas feitos por gente inteligente e manuais capazes", argumentou, arrancando aplausos da assistência.
COMENTÁRIO: As Novas Oportunidades podiam ser válidas, caso não houvesse metas irrealistas, caso os Centros Novas Op. não surgissem como cogumelos, caso a última palavra sobre o perfil dos candidatos fosse da responsabilidade do Técnico de Diagnóstico e caso muitos candidatos não estivessem convencidos que copiar coisas da internet é um direito, um dever, um princípio, um fim e um tudo. CLARO QUE RESPEITAR A ESCOLA, OS PROFESSORES E O CONHECIMENTO também ajudava.
Quanto à avaliação dos professores, concordo com Medina Carreira.
NOTA: Ah! Há que dizê-lo, os candidatos das Novas Op. que têm verdadeiramente perfil e dão o seu melhor têm de ser defendidos por quem com eles trabalha. E há pessoas verdadeiramente merecedoras desta nova oportunidade!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Caquexia e Desplante!!
«À atenção de José Sócrates: o que é que o primeiro-ministro quer que a gente pense? Que no seu anterior governo errou no critério e na escolha das políticas em várias pastas ministeriais ou que se está a enganar neste? É que, face às ribombantes marchas-atrás e aos recuos fundamentais nas Finanças, no Ambiente, na Educação e consta que na Cultura - e ainda a procissão vai no adro... - , não se sabe o que pensar: bom era o que estava ou bom é o que está? (Em todo o caso, Maria de Lurdes Rodrigues deveria pedir uma indemnização, era o mínimo por tanta pancada apanhada em nome de bandeiras afinal tão descartáveis.)»
Indemnização, hein??? E não pensem que a D. Mª. João está a ironizar, que ela não é capaz disso. Ela é demasiado senhora de si e leva-se demasiado a sério para perder tempo com ironias. Ela está, como boa portuguesa (!), com saudade do passado, por ventura estará até assobiando a canção: Ó tempo, volta para trás lá lá lá lá traz-me tudo o que eu perdi lá lá lá lá lá.